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A SOCIEDADE EGBE ÒRUN DOS ABIKÜ, AS CRIANCAS

NASCEM PARA MORRER VARIAS VEZES *

Pierre Verger

Universidade Federal da Bahia

Se uma mulher, em país iorubá, dá a luz uma série de criancas natimortas

ou mortas em baixa idade, a tradicão reza que não se trata da vinda

ao mundo de várias criancas diferentes, mas de diversas aparicões do

mesmo ser maléfico chamado abíkú (nascer-morrer) que se julga vir ao

mundo por um breve momento para voltar ao país dos mortos, òrun (o

céu), várias vezes ( 1 1.

Ele passa assim seu tempo a ir e voltar do céu para o mundo sem jamais

permanecer aqui por muito tempo, para grande desespero de seus

pais, desejosos de ter numerosos filhos vivos, para assegurar a continuidade

da família sobre a terra.

Esta crenca se encontra entre os akan, (2) onde a mãe é chamada

awomawu (ela bota os filhos no mundo para a morte). Os ibo chamam os

abíkú deogbanje, os haucás de danwabi e os fanti, kossamah (3). Sua pre-

- senca entre os Mossi foi estudada por M. Houis (4).

Encontramos informacões a respeito dos àbikú em algumas histórias

(itan) de Ifá, sistema de advinhacão dos iorubá, praticada pelos babalaôs

(pai-do-segredo) que transmitem de geracão em geracão um enorme

"corpus" de histórias tradicionais, classificadas nos duzentos e cinqüenta

e seis odu ou sinaisde Ifá (5). Oito deste itan são dados no fim destes artigo,

nos seus textos originais iorubá, com a sua traducão para o português.

Estas histórias mostram que os abíkú ou eméré (112) (6) formam

sociedades no céu (egbé òrun), presididas por lyajansa (a mãe-se-bate-ecorre)

para os meninos (V 11 112 e 76) e olókó (chefe da reunião) para as

meninas (VI3 e V111/77), mas é Aláwaiyé (Rei de Awayé) (V11/17) que

as levou ao mundo pela primeira vez na sua cidade de Awaiyé (V11118).

Lá se encontra a floresta sagrada dos abikú (V11/44), aondé os pais de

ábíkú vão fazer oferendas para que eles fiquem no mundo (VI 1/45,52,54.).

Quando eles vêm do céu para a terra, os ahikú passam os limites do

céu diante do guardião da porta, o aduaneiro do céu onjbodé òrun (1/5),

seus companheiros vão com ele até o local onde eles se dizem até logo

(I 11/9). Os que partem declaram o tempo que tencionam ficar no mundo

e o que farão. Se prometem a seus companheiros que não ficarão ausentes,

essas criancas, apesar de todos os esforcos de seus pais, retornarão,

para encontrar seus amigos no céu (V/7,9).

Os abíkú podem ficar no mundo por períodos mais ou menos longos.

Um àbíkú menina chamada "A-morte-os-puniu" declara diante de

oníbodé òrun (116,161 que nada do que os seus pais facam será capaz de

retê-la no mundo, nem presentes em dinheiro, (117) nem roupas que Ihes

oferecam, (119) nem todas as coisas que eles gostariam de fazer por ela

(111 1) atrairiam os seus olhares nem lhe agradariam (1112).

Um àbíkú menino, chamado Ilere, diz que recusará todo alimento

(1117) e todas as coisas (11/10) que lhe queiram dar no mundo. Ele aceitará

tudo isto no céu.

Quando Aláwaiyé levou duzentos e oitenta ibíkú ao mundo pela primeira

vez, cada um deles tinha declarado, ao passar a barreira do céu, o

tempo que iria ficar no mundo (VI I 4, 10). Um deles se propunha a voltar

ao céu assim que tivesse visto sua mãe; (V11/10) um outro, que iria esperar

até o dia em que seus pais decidissem que ele se casasse (VI 111 1 );

um outro, que retornaria ao céu, quando seus pais concebessem um novo

filho (VI 1/15), um ainda não esperaria mais do que o dia em que comecasse

a andar (V11/16).

Outros prometem a lyàjanjasà, que está chefiando a sua sociedade

no céu (V 11 1/3), respectivamente, ficar no mundo sete dias, (V 1 1 111 9 ou

até o momento em que comecasse a andar (VI 11/23) ou quando ele comecasse

a se arrastar pelo chão (V I1 1/23), ou quando comecasse a ter dentes

(V111124) ou ficar em pé (V111125).

Nossas histórias de Ifá nos dizem que oferendas feitas com conhecimento

de causa são capazes de reter no mundo esses abíkú e de Ihes fazer

esquecer suas promessas de volta, rompendo assim o ciclo de suas

idas e vindas constantes entre o céu e a terra, porque, uma vez que o

tempo marcado para a volta já tenha passado, seus companheiros se

arriscam a perder o poder sobre eles.

E assim que nessas quatro histórias (I, I I I, I V e V) encontramos oferendas

que comportam um tronco de bananeira acompanhado de diversas

outras coisas. Um só dos casos narrados, o terceiro, explica a razão dessas

oferendas:

"Um caçador que estava à espreita ( 1 1 1/3), no cruzamento dos caminhos

dos abl'kú, escutou quais eram as promessas feitas por três abíkú

quanto a época do seu retorno ao céu.

"Um deles promete que deixará o mundo assim que o fogo utilizado

por sua mãe, para preparar sua papa de legumes, se apague por falta de

combustível (II1/11). O segundo esperará que o pano que sua mãe utilizar,

para carregá-lo nas costas se rasgue ( 1 1111 7). A terceia (porque é uma

rrienina abíkú) esperará, para morrer, o dia em que seus pais lhe digam

que é tempo dela se casar e ir morar com seu esposo ( 1 11/22).

"O cacador vai visitar as três mães no momento em que elas estão

dando a luz seus filhos abíkú (111126) e aconselha à primeira que não deixe

se queimar inteiramente a lenha sob o pote que cozinha os legumes

que ela prepara para seu filho ( 1 11/28); a segunda que não deixe se rasgar

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o pano que ela usar para carregar seu filho nas costas, que utilize um pano

de qualidade diferente (dos que se usam geralmente para este fim);

( 1 11/32); ele recomenda, enfim, a terceira, de não especificar, quando

chegar a hora, qual será o dia em que sua filha deverá ir para acasa do seu

marido (1 11/33).

As três mães vão, então, consultar a sorte, Ifá, que Ihes recomenda

que facam respectivamente as oferendas de um tronco de bananeira, de

uma cabra e de um galo, impedindo, por meio deste subterfúgio, que os

três ibíkú possam manter seu compromisso. Porque, se a primeira instala

um tronco de bananeira no fogo, destinado a cozinhar a papa do seu filho,

antes que ele se apague ( 1 11/43), o tronco de bananeira, cheio de seiva

e esponjoso, não pode queimar, e o abíkú, vendo uma acha de lenha

não consumida pelo fogo ( 1 1 1/47), diz que o momento de sua partida ainda

não é chegado. A pele de cabra oferecida pela segunda serve para reforcar

o pano que ela usa para levar seu filho nas costas ( 1 11/52); a crianca

àbíkú não vai achar nunca que esse pano se rasgou e não vai poder

manter sua promessa. Não se sabe bem o porque do oferecimento de um

galo, mas a história conta que, quando chegou a hora de dizer à filha

uma moça, que ela deveria ir para a casa de seu marido (1 11/55), os pais

não lhe disseram nada e a enviaram bruscamente para casa dele.

Nossos três abíkú não podem mais manter a promessa que fizeram,

porque as circunstâncias que devem anunciar sua partida não se realizaram

tais como eles tinham previsto na sua declaração diante de oníbodé

bruna Estes três àbjkú não vão mais morrer. Eles seguiram um outro caminho

(I 11175,761.

Comentamos esta história com alguns detalhes porque ilustram bem

o mecanismo das oferendas e de sua funcão. ~ ã éo se u lado anedolíco

que nos interessa aquí, mas a tentativa de demonstração de que, em país

iorubá, a sorte pode ser modificada, numa certa medida, quando certos

segredos são conhecidos. No caso, as condicões nas quais os três abíkú

deixaram o mundo.

Esta noção sobre a importância de conhecer certos segredos é também

expressa na sétima história onde os abíkú combinam entre si, no

momento de sua chegada a Awayé (V11/18), preparar, cada um, quatro

vestimentas (de cor vermelha), assim como um lenço de cabeca e um boné

no valor de 1.400, cauris (búzios) para cada um. 0 s ab jkú declaram

que se alguém descobrir suas quizilas, quando eles chegarem ao mundo, e

o nome das vestes que eles combinaram fazer (V 11/22, 23), eles ficarão no

mundo.

E por isso que os babalaôs consultados (VI 1/34) prescrevem oferendas

desses objetos (V1 1/39, 41 1, a respeito dos quais os abíkú fizeram

uma combinacão (VI 1/42).

Essas oferendas são penduradas nas árvores da floresta sagrada dos

Ãbíku em Awaiyé (V1 1/46), acompanhadas de pratos de alimentos e doces

(V 11/52).

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Estas cerimônias serão feitas todos os anos pelos pais (V11/55), e

eles dancarão ao som dos tambores, cantando cancões onde falam du

"Camwood, da cor das roupas vermelhas feitas pelos ablkú, de lenços e

de bonés no valor de 1.400 caurís (búzios) cada um, afirmando, asssim,

ter conhecimento do pacto feito pelos àb&ú quando chegaram em

Awaiyé, e do seu compromisso de ficar no mundo, se os pais viessem a

saber da sua convenção. Nenhum abíkú, cujos pais fizeram estas cerimrinias,

deixará o mundo (V11168, 69) (7).

Tais oferendas são, com efeito, uma forma de expressão sem acompanhamento

de palavras articuladas; o discurso é substituído pela apresentacão

dos objetos testemunhas, provando que a oferenda conhece os

segredos, fazendo-o assim participar do pacto dos abíkú.

Entre as oferendasque os retêm aqui, em baixo, figuram, em primeiro

plano, as plantas litúrgicas. Cinco dentreelas são citadas nestas histórias:

Abíríkolo (Crotalaria lachnophera A. Rich, Papilionacaae).

Agídímagbayin (não identificada).

ldí (Terminalia ivorensis, A. Chev, Combretacae).

lja agborh (não identificada).

Lara pupa (R icinus communis Linn, Euphorbiaceae).

Citemos ainda duas plantas frequentemente utilizadas para reter os

abíkú e que não figuram nessas histórias:

Olobotuje (Jatropha curcas - LINN Euphorbiaceae).

Opá eméré (Waltheria americana LI NN, Sterculiaceae).

A oferta destas folhas constitui uma espécie de mensagem e é acompanhada

por encantamentos (ofó); os textos de algumas delas figuram

nos textos apresentados no fim deste artigo.

Resumamos aqui:

Ewé abíríkolo, insinkú òrun e pèhinda (Vl51, 53)

Folhas d'abiríkolo, coveiro do céu, voltai.

Ewé agidl'magbayin, Olorun máa ti 'kun, a o kú mó (I V121, 23)

Folha de agidímagbayin Olorum fecha a porta (do céu) para que não

morramos mais.

Ewé id í I'ori ki onà òrun tèmi o dí (V1126)

Folhas de idl: dizei que o caminho do céu está fechado para mim.

Ewé ijá agbonrín, não ande pelo longo caminho que conduz ao céu.

Ewé lara pupa ni osún awón àbíkú. (V1133, 34)

A folha de lara vermelha pe o cânhamo dos abíkú.

Olobotuje má jé ki mi bí àbíkú omo

olobotujé &b 17-teiKe parir filhos àbíkú

opá eméré ki pé t í f i kú, yio máa eu ni, nwon ni, nwon bá ríòpá eméré

Vara de eméré não os deixe morrer, isto Ihes agrada, ver a vara de eméré.

Notar-se-ão as açsociacões de som que intervêm em algumas dessas

f0rrnulas de encantamento tais como a última sílaba de ljá agbonrín e o

verbo rlh idl' é do mesmo modo associada ao verbo dí, fecha (o carninho

do céu), além disso, esta história faz parte do signo Òdíméji onde se

reencontra a mesma sílaba atuante; para a folha lara pupa, um jogo de

palavras é feito entre o nome da folha lara e l'ara, o corpo (da criança).

Em país iorubá, os pais, para proteger seus filhos àbíkú e tenta; retê-

los no mundo, podem se dedicar a certas práticas, tais como fazer incisões

(cortes) nas juntas da criança (VI 111 4) e aí esfregar um pó preto, feito

de folhas litúrgicas, queimadas para esse fim, ou ainda ligar à cintura

da criança um 6ndè (V1/20, 21 ), talismã feito desse mesmo pó negro,

contido num saquinho de couro.

A ação protetora buscada nas folhas, expressa nas fórmulas de encantamento,

é introduzida no corpo da criança por incisões e fricções, e

a parte do pó preto, contida no saquinho do òndè, representa uma mensagem

não verbal, uma espécie de apoio material e permanente da mensagem

dirigida pelos elementos protetores contra os elementos hostís, sendo

essa forma de expressão menos efêmera do que a palavra (8).

No canto da oitava história, são feitas alusões aos xaorôs, anéis providos

de guizo, usados nos tronozelos pelas crianças abikú, para afastar

os companheiros que tentam vir buscá-los (9) no mundo e lembrar-lhes

suas promessas (V I I 1/57, 64 I.

De fato, seus companheiros não aceitam assim tão facilmente a falt

a de palavra dos abíkú, retidos no mundo pelas oferendas, encantamentos

e talismãs preparados pelos pais, de acordo com o conselho dos babalaôs.

0 s membros da sociedade dos àbíkú, egbé ará òrun, vêm do céu residir

nos lugares pantanosos ( 1 1/28) ou nos regatos ( 1 1/46, V/20), donde

chamam as crianças que querem ficar no mundo. Vão também ao pé dos

muros (11/47), lá onde vão esvaziar as sujeiras (11148). Ficam nas salas onde

as pessoas se lavam (balùwe) no fundo das casas (I11/63), que são lugares

frescos, onde é enterrado iwo, a placenta dos recém-nascidos, colocadas

num vaso isásun, coberto de folhas de palmeira desfiadas, chamadas

mariwó e caurís (búzios). Isso se chama orisun, a arigem da criança, e

esse lugar é saudado com a seguinte frase: Baluwe, nlé o, o tó omo, at'idí

jegbin omc tuntun Olá, sala de banho, fonte de origem da criança, come

as sujeiras da criança recém-nascida), fórmula que, por um curioso resumo,

associa as noções de especulações mui respeitáveis sobre a origem

dos seres humanos às das funções orgânicas.

Nem sempre essas precauções e oferendas são suficientes para reter

as criancas abíkú sobre a terra. lyájanjasa é muitas vezes mais forte.

Ela não deixa agir o que as pessoas fazem para os reter (V I1 1/46, 47) e porá

a perder tudo o que as pessoas tiverem preparado (V11 1/48, 49). Contra

os ab/kú não há remédios. lyájanjasá os atrairá a forca para o céu

(V111/35, 69). Os corpos dos abíkú que morrem assim, são frequentemente

mutilados, a fim de que, dizem, eles percam seus atrativ.0~ e seus

companheiros no céu não queiram brincar com eles sobretudo para que

o espírito do àbíkú, maltratado deste modo, não deseje maisvir ao mundo.

142

Essas criancas abíkú recebem no seu nascimento, nomes particulares.

Damos no fim deste artigo uma relacão de alguns desses nomes acompanhados

de suas saudacões tradicionais. Eles podem ser classificados:

quer nomes que estabelecem sua condicão de abíkú (6, 7, 8, 18,36,

38); quer em nomes que Ihes aconselham ou Ihes suplicam que permaneçam

no mundo (2, 9, 11, 13, 14, 16, 17, 23,25, 26, 32, 33, 34, 30);quer

em indicacões de que as condicões para que o abikú volte não são favoráveis

(20, 21, 22, 27, 28, 29, 37, 39, 42); quer em promessas de bom tratamen

to, caso eles fiquem no mundo (5, 12, 15).

A freqüência com que se encontra, em país iorubá, esses nomes em

adultos ou velhilhos que gozam boa saúde, mostra que muitos abikú ficam

no mundo gracas, pensam as almas piedosas, a todas essas precauções,

à acão de Orúnmilà, e a intervenção dos babalaôs.

NOMES DADOS AOS ÃBíKÚ

Aiyédun - A vida é doce (NT)

Aiyédun, a vida é doce, venha conhecer nossa sociedade

Aiyélagbe - Nós ficamos no mundo

A iyélagbe, não parta, não se vá

A já - Cão

Cão, não quebre a corda, perdão, não se va

Ajéigbe - A riqueza não está perdida

Ajéigbe vai chegar, a riqueza não se perderá

Aklsatán - Não se usarão mais farrapos

Aklsatán eu não verei mais amarrar as roupas, Akísàtán não parta

mais

Akújí- O que está morto, desperta

Akúji, faca sortes de prestidigitacão

Apara O que frequenta minha casa

Apara, não fique indo e voltando

Aybrunbò - Vá ao céu e volte

Ayorunbo crianca que cobre o corpo de terra

Bánjókó - senta-se comigo

Bánjókó, senta-se, repousa

Dúróddlú - Espera o Senhor

Dúródólú, teu senhor está a caminho

Dúrójaiyé Fica para gozar a vida

Fica para gozar tua vida, fica ainda, Durojaiyé

Dúrdorlike - Fica, tu serás mimada (nome para uma menina àbíkú)

Fica, tu serás muito mimada neste mundo, Obróoríké

Dúrósnm í - Fica, para me enterrar

Fica, para me enterra, não durmas em vão, Dúrósihmi

Dúrósomo - Fica, para fazer filhos

Fica para fazer filhos no mundo, não faça filhos no céu Dúrósomo

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Dúrótoye - Fica para receber um título honorífico

Fica, para receber um título, não vá ao céu de tarde

Dúrówòjú - Fica para olhar nos meus olhos

Fica, para olhar nos olhos de teu pai e tua mãe, Dúrówòjú

Ebelokú - Suplica para que fique

Suplica para que fique, suplicante está a criança, Èbelokú

Enílolobò - Alguém que partiu, volta

Alguém que partiu, volta, alguém semelhante chega

Enúnkúnoníipe - O que consola está cansado de oferecer condolências,

iso o cansa Enúnkúnonjipe

lgbéko yl'j - O mato recusou este aqu i,

igbékoyií, o mato recuspu mesmo este aqui'

I kúfor~/ in- A morte perdoou

Meu lkúforoin, tua cabeça não vai mais morrer

Ilètán - A terra acabou (não há mais terra para enterrá-lo)

A terra acabou, não vemos mais possibilidade de enterrá-lo

Jéaríobé - Deixa-nos pedir-te

Deixa-nos pedirte, se te pedimos que nos escute, Jéaríobé

Kíké - Indulgente

A crianca é indulgente, Ki ké

Kòjékú - Não consinta em morrer

Não consinta em morrer, nós o prendemos na terra

Kòkúmó - Não morra mais

Kòkúmó, oh filho do segredo!, não morra mais, fique sobre a terra

Kòníbírè - Não há mais lugar para ir (fora deste mundo)

Kòníbíre não vê lugar para ir

Kèsílè - Não há terra (onde enterrar)

Não há terra, não vemos mais possibilidade de lhe enterrar, Kosjle

Kòsókó - Não há enxada (para cavar o túmulo)

Não morra, não há enxada para cavar a terra Kòsókó

Kúmápdy i i - A morte não leva este daqui

Kumápáyl'í que bebe água na cabeça dos mortos, se ele a usa, a

batalha será hoje mesmo

Kúti - Ele não está totalmente morto

A morte empurra para o mundo, não vá para o céu, morte, empurre

para o mundo

Mákú - Não morra

Não morra, mulher do babalaô, Mákú não morra

Malomó - Não te vás mais

Não te vas mais, retorna, Málomò

Mátanmi - Não me decepciones

Eu terei notícias tuas, não me decepciones, eu terei tuas notícias,

não partas

Obísèsan - Nascido para a vingança

Obísèsan vem fazer a vinganca do bem para o mundo

36 Okúsèhíndé - O cadáver volta

37 Orúkotán - O nome acabou

Orúkotán, seu último nascido, Orukotán

38 Omotúndé - A crianca voltou

A crianca voltou,. ela não será mais Àbl'kú, Ornotúnde

39 Orunkún - O céu está cheio

O céu está cheio, não te vás mais, Orunkún não te vás mais, ele ficou

40 Rótimi - suporta-me

Rótimi boa vinda, bom filho, Rótimi boa vinda

41 Tanímòwò - Quem sabe cuidar dele?

Quem sabe cuidar dele, se não o senhor, Tanlmòwò?

42 Tijúikú - Envergonhado da morte

Tijúikú não deixa a morte te matar

É PRECISO CUIDAR DOS ABli<Ú, SENÃO ELES VOLTAM PARA

ri, cíu

A morte não deixa a criancinha ser forte

Fl.!i~eraisn ão deixam ernerè ficar velho

Ifá foi consultado para "A-morre-os-puniu" (nome do abíkú)

qur 6 filha de funerais

5 Quando "A-mori-e--os-puniu" cheça ao mundo, e!a vai perto do

gi13rdião da porta

El? diz, ela vai ao mundo

Ela diz qiit! mesmo vocês (meus pais) lhe dessem dinheiro

Ela diz qbz nSo olhará para trás (não ficará)

Ela diz que !mesmo) que eles quisessem lhe dar vestidos

10 I I?toi não 3trairá OS seus olhares

Ela diz que se eles fizessem coisas para ela

Ela ciiz (isto! nao lhe agradar-ia

Ela diz que todss :I.< coisas cylie fizeram para ela completamente

Ela diz que, simplesmente, o5 jogará fora

15 Ela diz que o dinheiro que eles quiserem gastar

Ela diz que será dinheiro perdido

O guardião da porta diz, nPo é bem assim

Há! diz ela, é assim que ela vai fazer

Ele diz, entãù está bem

20 Ele diz, quando voc? vai voltar?

Ela diz que no momento em que ela agradar a todos (seus pais)

Ele (áb/kC) r a trairá para o céu

No momento em que eles (seus pais) fizerem coisas para ela

Ela diz, neste momento ela voltará

145

O guardião da porta diz, está bem então

Quando "A-morte-os-puniu" chega ao mundo

Sua mãe toma dois e aí junta três (ela consulta Ifá)

Esta menina poderá ficar com ela?

Eles (os babalaôs) mandam que ela faca oferendas para esta crianca

Eles dizem, ela e um abfiú verdadeiro

Eles dizem, ela se chama "A-morte-os-puniu" (lkú-;é-nwon-niya)

Eles dizem, faca rapidamente oferendas para ela

Eles dizem que e'sta menina não.será capaz de deixar o mundo

Eles dizem que ela pegue um galo

Eles dizem que ela pegue um bode

Eles dizem que ela tenha um tronco de bananeira

Eles dizem que ela tenha uma folha de abíríkoío

Sua mães grita hurra! nada acontecerá a esta menina

Eles dizem que ela pegue um bode

Eles dizem que ela pegue um tronco de bananeira

Eles dizem que ela pegue uma folha de agidimagbayin

Eles dizem que ela pegue uma folha de abirikolo

Sua mãe grita hurra! nada acontecerá a esta menina

Quando esta crianca chega na idade

Quando ela chega na idade de ir a casa de seu marido

Acontece que esta menina pensa repentinamente

Quando ela pensa repentinamente, ela fica com dor de cabeca

Antes do cair da noite, ela tem dores no ventre

Antes da aurora "A-morte-os-puniu" vai morrer

Sua mãe vem gritar, ela diz ah!

Ela diz, assim os babalaôs disseram

A morte não deixa a criancinha ficar forte

Funerais não deixam eméré ficar velha

Ifá é consu Itado para "A-morte-os-pu niu"

Que é filha de funerais

Ela diz, seu olho a faz olhar aqui e lá

Ela diz, seu olho está brilhando (de lágrimas)

Ela diz, seu rosto está coberto d'água, ela chora

E assim que (quando) esses abfiú vêm ao mundo

(E) vão dar adeus diante do guardião da porta

Eles dizem que esta pessoa fará qualquer coisa para eles

Eles não serão capazes de ficar quando chegar a hora

Em que as pessoas cuidem bem deles

Porque quando as pessoas são atraídos por eles (gostam deles)

Neste momento, eles querem deixar as pessoas.

OFERENDAS PODEM RETER ABÍKU NO MUNDO

A dificuldade atinge repentinamente alguém

A desgraca sobre alguém

Ifá é consultado para llere

Que é o filho de O b i r ~ nab ata (mulher pântano)

5 llere diz que vai ao mundo

Diz que se ele chegar ao mundo

Diz que toda a comida que lhe derem

Ele diz, ele não a comerá

Ele diz, (esta) dádiva ele a comerá no céu

10 Ele diz, todas as coisas que quiserem lhe dar

Diz que não as aceitará

Ele diz, (estes presentes) no céu ele os aceitará

Diz que não há coisas que o possam reter

Quando ele chegar no mundo

15 Esta crianca é capaz de não morrer assim?

Ha! Dizem, eles (os pais) farão uma oferenda, ele não vai morrer

Eles dizem, a menos que eles não tenham um vaso novo

Eles dizem que eles tenham todas as coisas que a boca come

Que eles tenham um tecido vermelho

20 Eles dizem, que ele tenha uma tampa de panela, cânhamo (osum),

sabão, esponja

Eles dizem quando eles tiverem oferecido tudo isso

Eles dizem que o colocarão rio abaixo

Eles dizem que lá estão seus companheiros que o vão chamar e

matar

Eles dizem, é lá que eles vão ficar

25 Quando eles tiverem prontos, trarão as coisas para oferecer

Quando eles trouxerem estas oferendas

Seus companheiros o esperarão e não o verão chegar

Eles irão ao local pantanoso

No lugar onde se reúnem para se dizer adeus

30 Eles comecarão a chamá-lo

Eles chamarão llere, Ô llere Ô -

Para que eles Ihes responda

Ele diz, assim os babalaos disseram

A dificuldade encontra alguém de repente

35 A desgraca cai sobre alguém

Ifá é consultado para llere

Que é filho de Obl'rin abatá

Ele diz, quem chama Ilere

Ele tem bracos fortes, pés fortes

40 Eles ouvem, eles dizem ah!

Seus companheiros não vêm ainda

Eles voltam

Sua fam il ia fez oferendas

Ele não vai morrer

45 Se é um àb/kú

Motivo pelo qual esses abíkú vão ao riacho

Ou olham o muro

Ou vão ao monte de estrume

Se os àb;kú chegam

58 (e) dizem que têm dor de cabeca

Seus companheiros vêm pegá-lo

(Mas) Aqueles para quem foram feitas as oferendas

Não abandonarão mais as pessoas

SUBTERFÜGIOS PARA RETER OS ABIXÜ NO MUNDO

Osé Omolu oh! a crianca tem um segredo

Ifá é consultado pelo cacador que está à espreita

Que está à espreita na encruzilhada dos caminhos de àbíkú

Eles (os babalaôs) dizem, tu que estás à espreita

5 Eles dizem, teu olho verá muitas coisas hoje

Quando o cacador que está de tocaia no mato

Ele vê três (àbíkú) vindo ao mundo

Quando eles vêm ao mundo

Eles comecam por dar adeus diante do guardião da porta

10 Um diz que vai assim ao mundo

Diz que a lenha que seus parentes usarem

(para preparar sua papa (de legumes)

Ele diz que no dia em que ela acabar de queimar

Ele diz, neste dia ele voltará, voltará para o céu

O guarda da porta diz que entendeu

15 O segundo (àbíkú) aparece lá e diz adeus

Diz que vai assim ao mundo

Diz que o tecido que (sua mãe) utilizar para carregar as costas

Ele diz no dia em que este pano estiver estragado

Ele diz neste dia ele voltará para o céu

20 A terceira (àbíkú) chega lá

Ela diz que vai assim ao mundo

Ela diz que no dia em que seus ais lhe disserem para ir a casa do

seu marido

Ela diz neste dia ela voltará para o céu

Quando o cacador retorna a sua casa

25 Ele fica sabendo que estes três (abíkú) nasceram em suas casas

Ele vai visitar as três mães

Diz a primeira, tu que puseste um menino no mundo

Ele diz, não deixes que a lenha debaixo da panela da papa de legumes

de seu filho, se queime completamete

(Senão) esta crianca vai morrer

30 Diz, tu que deste a luz a segunda

Ele diz, o pano que usares para levá-lo nas costas

Ele diz, não deixes que se rasgue, usa um diferente (dos outros)

(Senão) esta crianca vai morrer

Ele diz tu que pariste a terceira

35 Ele diz, se é tempo de levar tua filha para o marido

Ele diz não te arrisques a indicar o dia, e dizer que neste dia tu a levarás

a casa do seu marido

(assim) esta crianca será capaz de ficar no mundo

As três mães dizem que entenderam

Elas consultam Ifá

40 Quando elas chegarn jbnto do babalaô

Eles encontram (o si&..l) Osé omolu

Eles (os babalaôs) dizem que elas tenham um tronco de babaneira

Eles dizem que elas tenham uma cabra como oferenda

Eles dizem que elas tenham também urn galo

45 Eles dizem quando elas tiveram aceso o fogo sob a panela que cozinha

Eles dizem, se o fogo quker morrer, que elas juntem um tronco de

bananeira

Quando o ábjku olhar oembaixo da panela, um acha

Ah! diz ele, o fogo não está quente

Elas fazem assim (continuamente)

50 Esta crianca não vai mais morrer

Eles dizem que elas arranquem a pele de uma cabra

Eles dizem que elas costurem sobre o pano que a mãe usa para levar

o filho nas costas

Quando chegar a hora (do abíku) dizer se o pano está estragado, ele

voltará para o céu

Quando ele olha o pano atrás, ele não esta rasgado ( e não tem furos)

55 Ele diz que a hora ainda não chegou

Esta crianca não vai mais morrer

Quando é chegado o momento de dizer que é tempo de ir à casa do

marido (e) de morrer

Nesta hora, seus pais não lhe dizem nada

Um dia eles a tomam bruscamente e a levam (para a casa do marido)

149

60 Ela não vai mais morrer

Ela diz Ah! Eles seguiram outro caminho

Quando seus companheiros (abíkú) os esperam assim (e) não os

vêem chegar

Seus comoanheiros (abiku) vêm ficar atrás da casa

Eles os chamam

65 Eles os chamam todos os dias

Estes três (abikú) vêm responder a seus companheiros

Eles choram para voltar para junto deles

(Canto1

0sé omolu oh! a criança tem um segredi

Vocês dizem a lenha não se queimou, oh! a criança tem um segredo

Osé omolu ah! a criança tem um segredo

Vocês dizem, o pano não se rasgou, oh! a criança tem um segredo

Òsé omolu, oh! a crianda tem um segredo

Vocês dizem que levam a criança à casa do marido, oh! a crianca

tem um segredo

Osé omolu, ah! a criança tem um segredo

(fim do canto)

Estes três ibíkú não vão mais morrer

Eles seguiram outro caminho

MOSETAN FICA NO MUNDO

Levanta-te, levanta-te beleza, levanta-te

lfá foi consultado para Mosétán (eu acabei 1

Que é a filha de Blóje Okoso

Eles (os babalaôs) dizem que Mosetan venha fazer oferendas

5 Dizem que seus compant-+eiras que ela em sonhos

Que eles não sejam capazes de aprender fora do mundo

Eles dizem que ela pegue um tronco de bananeira

Dizem que ela pegue uma das suas tangas

Eles dizem que ela pegue um galo

10 Eles (os pais) fazem a oferenda

Quando eles fazem a oferenda, eles colhem as folhas de Ifá (agídímagbayin

1

Quando acabam de colher, eles vão com seu tronco de bananeira

Com sua tanga, com as folhas de Ifá

Ela não vai mais morrer

15 Ela não verá mais as coisas más

Eles dizem assim dizem os babalaôs

Levanta-te, levanta-te beleza, levanta-te

Ifá foi consultado para Mosetán

Que é a filha de Olojé Okosó

20 Crianca que recebe pedacinhos (de comida) na boca

Olorum fecha a porta (para) que não morramos ma.iç

A mão (encontra) as folhas de agídímagbayin

Olorum fecha a porta para que não morramos

Assim fala Ifá

25 Ifá diz que a crianca vê coisas más em sonhos

Que a crianqa chama seus companheiros (abíkú)

Que els não serão mais capazes de prendê-la (fora do mundo)

Òtua tem um segredo, talvez ele seja ativo

Ifá é consultado para Olóiko

Que é o chefe da sociedade (dos abíkú) no céu

Que do céu parte para o mundo

5 Quando Olbikb se vai, os abjkú dizem assim:

Tu Olóikò que partes assim, não fiques muito tempo (ausente)

Se eles lhe promete que não ficará muito tempo (ausente)

Quando chegar a hora, (ainda que) os pais tenham feito muitas oferendas

para que eles fiquem

Estas crianças não escutam. Elas se vão

10 Estes seres são chamados Abíkú

Quando Olóiko se vai

Eles, (os abíkú) dizem, tu Olóiko

Eles dizem, tu partes assim

Dizem, esta é a tua cadeira

15 Dizem, ninguém (além de ti) pode se sentar nela

Ele (Olóiko) diz, ele se vai

Eles dizem que quando chegar ao mundo

Dizem que não se esqueca deles

Quando ele chegou ao mundo, ele os esqueceu

20 Seus companheiros chegam a beira do regato

Eles chamam Olóiká, Olóiko, Olóiko

Olóiko escuta, (mas) não responde

Os pais de Olóiko correm a procura dos babalaôs

Eles dizem que Ifá os ajude

25 (Que) este Olóiko não seja capaz de morrer

Seus companheiros o chamaram, que ele não seja capaz de encontrá-

los

Eles (os babalaôs) dizem que sua cadeira está no meio de seus compan

heiros

Dizem, porque os pais tomam cuidado ele não vai morrer

Eles mandam que façam oferendas

151

30 Dizem que (eles dêem) um tronco de bananeira

Dizem que (eles dêem) um pombo

Dizem que (eles dêem) todas as coisas que a boca come

Dizem (que eles dêem) 1200 caurís (búzios)

Dizem que preparem um pano branco

35 Quando eles acabam de preparar, pegam todas as coisas e as amarram

juntas

Amarram estas oferendas como se fossem para funerais

Eles procuram um lugar perto do rio onde enterram as oferendas

Quando eles acabam de enterrar

0 s companheiros de Olóiko chegam pertinho

40 Como eles ficam ali perto

(e) vêem que trazem uma oferenda

(e) que cavam a terra e ali enterram (alguma coisa) como um caixão

de defunto

Quando acabam de enterrar

0 s companheiros de Olóiko chamam de novo : Olóiko, Olóikó, Olóikó

45 Os pais de Olóiko vão consultar Ifá para ele

Eles vão colher folhas de ablí-íkolo como oferendas

Quando eles acabam de colher as folhas

Eles esfregam todo o corpo (de Olóiko) com elas

Quando o corpo está completamente esfregado

0 s pais comecarn a cantar assim

"Porteiros do céu, voltai

FOI ha de ablí-íkolo)

Porteiros do céu, voltai"

Quando os porteiros do cé ouvem o canto que eles cantaram neste

dia

Que afasta as pessoas de sua sociedade do seu corpo (de Olóiko)

Porque se abíkú vem

Se (as pessoas) lhe fazem oferendas

Ãbíkú não tem mais (nenhuma chance de ir (para o céu)

ASEJEJEJAIYÉ FICA NO MUNDO NA DECIMA SEXTA VEZ QUE

ELE VEM

Ifá foi consu Itado para Òrunnmila por causa de seu filho Asejéjejaiyé

(E) a partir de Asejéjejaié que Orunmild prende ab;kÚ no mundo

No Odu de Ifá, Òdí meji

Asejéjejaiyé é o nome da crianca que Orunmila, que teve naquele

tempo

5 Ele, causa muitos aborrecimentos a Orunrnila, porque é a décima

sexta vez que vem ao mundo e morre

E então que Òrunnmila descobre suas manhas

Este Asejéjejaiyé chegou pela décima sexta vez

Òrunmila diz. Ah! este ó décimo sexto

152

Esta crianca não deve ser capaz de ir assim

10 Eles (os babalaòs) dizem que Òrunrnila prepare a folha idi e tudo

O mais

Eles dizem que Orunmílà queime tudo

Depois que Orunnmila queimou (para reduzir a um pó preto)

Eles dizem que Òrunmilà faca incisões nas juntas do corpo (de

A seJéjeja y

15 Que faca também incisões no seu rosto

Õrúminnla faz as incisões e (esfrega o pó)

Quando Orunmilà acaba de fazer as incisões

Eles dizem, esta crianca não conhece mais o caminho do céu (da

morte)

Dizem que ele pegue o resto (do pó negro)

20 Dizem que com ele confeccione um óndè (talismã)

Dizem que o amarrem a cintura da crianca

Dizem, ele não é mais capaz de partir

Dizem, o caminho do céu não foi feito para ele

Como eles colheram esta folha neste dia, eles dizem

25 A folha id/diz que o caminho do céu está fechado para esta pessoa

A folha idídiz que o caminho do céu está fechado para mim

Que eu não morra em minha juventude

A folha de iJá agbonrín não caminha ao longo do caminho que leva

ao céu

Que eu não morra, que eu não siga o caminho do céu na minha juventude

30 A folha de ija agbonrin não caminha ao longo do caminho que leva

ao céu

Eles dizem, não siga, pois o caminho do céu na sua juventude

A folha /ara pupa é o "cânhamo" (osun) dos ab/'kÚ

A crianca que esfrega seu corpo com a folha de /ara pupa não volta

para o céu

Ele (Òrúnmllá) diz que esfregou o corpo do seu filho com a folha

( Ia ra

35 Diz, e quando ele crescer

e quando se tornar um adolescente

e quando ele for pai

Ele diz, ele não vai morrer na sua juventude

Nós pronunciaremos esse encantamento assim

40 Se alguém era abikú que vai e vem, que vai e vem

Se nós pudermos fazer incisões (sobre seu corpo e esfregar nelas o

pó preto)

Se nós confeccionarmos um Ònde que predemos a sua cintura

O caminho do céu ficara então fechado (para esta crianca) neste

tempo

OSÃBíKU CHEGAM AO MLJNBQ PELA PRIMEIRAVEZ EM AWAIYÉ

Mato pequeno, mato pequeno

Escuridão escura

Quem conhece o trabalho da escuridão não procura atrapalhar a lua

Ifá foi consultado para Aláwaiyé que vem do céu ao mundo

5 Que leva 280 abikú para a terra

Quando Aláwaiyé chega

Ele é o chefe dos abikú no céu

Ele chama então os abjkú para que venham

Quando eles chegam na barreira do céu

10 Cada um declara o tempo que vai ficar (no mundo)

Um diz que, assim que ele tiver visto sua mãe, ele voltará

O outro que, no momento em que marcarem o dia do seu casamento,

ele voltará

Uma outra que, quando tiver posto um filho no mundo, ela voltará

Outro diz que', qùando tiver sonstruído uma casa, ele voltará

15 Outro diz que, quando seus pais conceberem de novo, ele voltará

Um outro que, quando comecar a andar, ele voltará

Quando eles chegam, Aláwaiyé está no comando dos ab;kú

Quando eles chegam, vão primeiro a Awaiyé

Eles dizem que farão, cada um, quatro vestimentas (cor de)

Eles dizem que prepararão um lenco de cabeca (do valor de) 1400

caurís

Dizem que preparam um boné (do valor) de 1400 caurís

Eles dizem que, se alguém conhecer suas proibicões quando eles

chegarem ao mundo

Se alguém conhecer o nome das vestimentas que eles combinaram

fazer

25 Eles dizem, se sua mãe soubesse das coisas combinadas

Eles dizem, eles ficariam perto dela

Eles dizem, se seu pai soubesse, eles ficariam perto dele

Quando eles chegam a Awaiyé

Alawaiyé firmemente os leva ao mundo

30 Ele vai a primeira vez, ele se vai de novo

Ele vai a segunda vez, ele se vai de novo

Ele vai a quarta, quinta, sexta vez,

Quando chega a sétima vez

A gente de Awaiyé vai consultar o babalaô

35 Seu filho será capaz de não ir mais?

Se alguém dá nascimento a um abikú

154

Se ele quer prendê-lo de tal modo

Que ele não queira mais partir de novo

Que prepare um lenco de cabeca (no valor de) 1400 caurís

40 Que prepare um boné (no valor) de 1400 caurís

Que prepare também um tecido (cor de) osun

(estes são os objetos sobre os quais eles (os àbíkús) fizeram uma

combinacão

Eles fazem uma roupa para ele (ablkú) neste pano (vermelho)

Eles têm uma floresta para si'em Awaiyé

45 Lá eles oferecem tudo

Dizem que ele (o pai ou a mãe) vá pendurá-Ia numa arvore na floresta

dos abíkú

Quando eles terminam de pendurar

Dizem todos a suas mães e seus pais

Que facam uma cerimônia para eles

50 Que dancem para eles

Que batam tambores para eles

Que preparem ekeru, akara, òlè, cana de acúcar, amendoins, doces

Que preparem esponjas e sabão

Que preparem todos os tipos de legumes

55 Eles dizem, se quiserem fazer isso todos os anos

Dizem que eles não partirão mais

Quando eles voltarem, eles dancarão aqui e lá

Terão tambores iyá dundún

Eles cantarão

60 "Esfreguemo-nos de Osun para o chefe da sociedade

Lenco na cabeca (do valor de ) 1400 caur is

Esfreguemo-nos de Osun para o chefe da sociedade

Boné (no valor dei 1400 caurís

Esfreguemo-nos de "Osun" para o chefe da sociedade

65 Esfreguemo-nos de "Osun" para Aláwaiyé

Esfreguemo-nos de "Osun" para o chefe da sociedade

Dancarão suas dancas

Eles dizem, se suas mães e seus pais fazem a cerimônia

Eles dizem, nenhum dos que são abl'kú não os deixará no mundo

IYAJANJASA NÃO DEIXA OS ÃBÍKÚ FICAR NO MUNDO

Guizos pequenos

Há muitos guizos pequenos

Ifá foi consultado para fya;an;isá que chefia a sociedade (dos abtkú

no céu)

155

Quando eles se reúnem (e) ela está chefiando a sociedade

Se estes ab/kú vão e vêm

Eles entregam sua mensagem a iyájanjasá

Se eles se vão, eles lhe dizem onde vão

Quando chegam eles dizem também a lyájanjasá

No momento exato em que ryájanjàsá

No momento exato em que iyájanjasá vem ao mundo

Eles dizem, tu és nosso rei (rainha)

Dizem que são os filhos de sua sociedade

Eles dizem, não permitem que ela venha ao mundo

Eles dizem, porque se ela vai ao mundo

Eles dizem, eles não encontrarão mais a quem entregar suas mensagens

Eles dizem, por isso iyájanjisá não irá ao mundo

iyájanjasá diz não faz mal

Diz que todos os que quiserem ir ao mundo, vão ao mundo

Diz que todas as criancas da sociedade vão ao mundo

O que quiser ficar sete dias no mundo,

Que diga que, no sétimo dia em que o tenham posto no mundo

Ele virá entregar uma mensagem a ti, a ti iyájanjasá

Ele virá entregar uma mensagem a ti, a ti li/ájanjasá

O que chame no momento em que for andar

O que chama no momento em que for engatinhar

Aquele que diz no momento em que for ter den$es

Aquele que diz no momento em que se puser em pé

Que ele venha entregar a mensagem a lyájanjasá

Eles prometerão, todos, assim,

No local em que iyájanjàsá está na sua chefia

Quando eles tiverem feito sua promessa a iyájanjasá

Eles farão as coisas que eles tenham determinado assim

Se o tempo é quase chegado

Que seu rei os espera

(e) ele não os vê ainda (chegar)

lj/ájanjasá usará de truques para os procurar

Eles também a procuram

iyájanjasá atrai estes ab /kú ao céu

O que disser que nãoencontra o caminho (do céu)

lj.4janjasá o ajudará (a encontrá-lo)

O que disser que não quer vir

Que as pessoas da terra consultaram Òrúnmila

E (que ele) os ajuda para que fique

iyájanjasá é perturbada por Òrúnmila

a respeito das criancas de sua sociedade que vão ao mundo

O que lhe prometeu voltar para junto dela

45 Que não vem mais, ela o tomará a forca

Todas as coisas que as pessoas fizerem para ele

Ela não as deixa agir

Todas as coisas que as pessoas fizeram para ab;kú

iyájanjasá as estraga

50 Eles dizem que contra abl'kú não há remédio

Porque todas as coisas que quiserem fazer para lhe agradar (ao abjkú)

lyijanjasá as estragará

Quando lyálanjasá os procurar aqui e acolá

Este filho da sociedade quer ir para o céu

55 Ele procura também iyájanjasá

Eles cantam esta cancão:

"iyájanjasá, pequenos guizos

Há muitos guizos pequenos

Eu busco minha sociedade (e) vou a Ofa, pequenos guizos

60 Há muito guizos pequenos

Eu busco minha sociedade (e) vou a Or9, pequenos guizos

Há muitos guizos pequenos

/Yájanjasá pequenos guizos

muitos guizos pequenos"

65 Quando tiverem cantado assim

Esta crianca, que é membro da sociedade dos abjkú

Que não encontrou, rapidamente, o caminho (do céu)

Virá cantar, dizer que

iyájanjasá a ajude a chegar ao céu

70 No lugar onde lyájanjasá gosta de ficar

Se ela puder ouvir este canto

Ele virá logo, correndo

Ela buscará, então, um meio de ajudar,

O filho de sua sociedade a encontrá-la no céu

75 Dizem que (contra) abíkú não há remédio

1-yá~anjaseás ta na frente da sociedade dos ibl'kú machos

Qloikó está na frente das abl'kú fêmeas

Se vides que uma crianca macho ganha idade

E que morre no momento de se casar, é pelo poder de lj/ájanjdSá

Tal é a história de iyájanjasá que chefia sua sociedade

e de como ela ajuda as criancas de sua sociedade (e) as atrai para o

céu

E (de ela estraga OS remédios dos que tomam conta deles

(tirado) do odu de Ifá irete

NOTAS

(1) As ,palavras em iorubd estão transcritas de acordo com as normas ortogrdficas dessa Itngua

( 2 ) DEBRUNNER, Witchcraftin Gana. Accra, 1959. p. 43

(3) Sunday Times. Lagos, 7 apr. 1968.

(4) HOUISI M. Le non individuel chez les Mossi. Dakar, IFAN, 1963. Cap, 5.

(5) MAUPOIL, 0. La geomancie à I'ancienne Cbte des Esclaves. Paris, Institut d'Ethnologie de

I'Université de Paris, 1943.

(6) 0 s algarismos romanos indicam os das histórias publicadas no fim do artigo;os algarismos

arábicos remetem para as linhas destas histórias.

(7) As cerimònias para os abíkú parecem ser pouco frequntes entre os iorubás; a única a que

assisti aconteceu entre os gun, em Porto Novo. Ela me tinha sido indicada por Mille M. J.

Pineau que fez um estudo sociologico de um bairro da cidade para a ORSTOM. Tratavam-se

de oferendas de alimentos feitos aos dbíkú em conjunto com osgèmeos, ibeji, ligando num

mesmo culto as crianças que não querem ficar no mundo e as que vêm duas ao mesmo tempo,

singularizando-se uns e outros, pelas circunstâncias excepcionais de seu nascimento, A

cerim0nia era feita pela tanyinonm encarregada do culto aos deuses protetores de uma famíiia

tradicional do bairro HouBta. Num canto da peça principal, oito estatuetas de madeira de

cerca de vinte centímetros de altura eram colocadas sobre uma banqueta de barro.

Todos vestidos de panos da mesma qualidade, mostrando pela uniformidade de suas vestimentas

pertencer a uma mesma sociedade (egbé). Seis destas estatuetas representam àbíkús e

as outras duas ibeji. As oferendas feitas pela tanyinnon consistiam de oka (pasta de inhame)

obèlá (espécie de caruru) èkeru (feijão moído e cozido nas folhas1 eran dindi, eja dindin

(carne e peixe fritos) que, depois da prece da tanyinon e da oferenda de parte desta comida

às estatuetas, foram distribuídas pela assistència. Uma Sacerdotisa de Obatalá (Chamado Dudua

em Porto Novo) assisti a cerimônia sublinhando as ligações que existiam entre o orixá

da criação, as pessoas de corpos mal formados, corcundas, aleijados, albinos) e aqueles cujo

nascimento B anormal (abikú e ibeji).

Esta cerimônia lembra a que é feita tradicionalmente para os gèmeos na Bahia pelos descendentes

de ioruba trazidos antigamente para o Brasil pelo trdfico. Todos os anos, no dia 27 de

setembro, dia de S. Cosme e S. Damião, 7 meninos são convidados por certas famílias para

comer o caruru tradicional oferecido aos ibeji. Este carui-u não é outra coisa senão o obèlá

da cerimônia dos abíkú e preparado do mesmo modo. Os sete meninos representam os gè.

meos Cosme e Damião, Dois-Dois (deformação de Idowu, aquele que, entre os iorubás, nasce

depois dos gêmeos Táiwo e Kèánindé) Crispim, Crispiniano, SalBk6 e Tàlèbí.

Em sua prece a tanyinon tinha evocado Sàlàkó, que com Tàlàbi são os nomes dados aos me.

ninos e meninas que vem ao mundo com pedaçosde membrana rompida sobre a cabeça; cir.

cunstância excepcionai do seu nascimento que os aproxima da sociedade dos abíku.

(8) HORTON, Robin. Africa traditional thought and Western Science. Afriw. London, 37

{2):159, apr. 1967.

kalabari Sculpture. Lagos, 1965. p. 10

LAVOND~SH, enri. Magie et langage. L'Homme. 1963. p. 115.

(9) WILLIAMS, Peter Morton. Yoruba response of fear of death. Africa. London, 30 (1 1:35,

jan. 1960.

(10) Por dificuldades tipográficas deixamos de transcrever os textos respectivos do original em

iorubá, que se encontram no artigo: VERGER, Pierre. La societé egbé orun des Abíkú, les

enfants qui naissent pour mourir maintés fois. Bulletin de I'lfán. Dakar, 30 (41: 1448187,

1968. (série BI.

lTradução do original em francês de Ieda Machado Ribeiro dos Santos (CEAO).

LA SOCÓTÉ EGBÉ ORUN DESABIKÚ, LES ENFANTS OU1

NAISSENT POUR MOURIR MAINTÉS FOIS

Si une femme, en pays yoruba, donne naissance à une série d'enfants

rnort-nés ou morts en bas âge, Ia tradition veut que ce ne soit pas Ia venue

au monde d'enfants différents, mais qu'il s'agisse de diverses apparitions

d'un rnême être malé fique appelé abiku (naitre-mourir), censé venir

au monde un bref moment pour s'en retourner au pays des morts, orun,

l'au-dela, à diverses reprises. I1 passe ainsi son temps a aller et revenir de

l'au-dela au monde, sans jamais y rester logtemps, au plus grand désespoir

des parents désireux d'avoir de nombreux enfants vivants pour assurer

Ia continuité de Ia famille.

Huit histoires, itan d'lfa, contées par Ies babalawô (les peres qui possedent

les secrets) au Nigeria sont données dans leurs textes complets et

montrent comrnent les abiku sont censés former une société, egbe orun.

Au moment de venir sur terre, chacun d'entre eux doit prendre l'engagement

de revenir auprés de leurs compagnons a une èpoque déterrninée

par lui Mais si les parents parviennent a /e retenir au monde par certaines

o ffrandes, /e charme est rompu, l'abiku, oubliant sa promesse de retour,

et, rornpant ainsi le cycle de leurs allées et venues continuelles entre Ia

vie et Ia mort, reste enfin au monde pour une période de vie normale.

11s reçoivent certains norns au mornent de leur naissance, les suppliant

ou les incitant 2 rester au monde. La fréquence avec laquelle on rencontre

en pays yoruba ces noms, portés par des adultes et des vieillards en

bonne santé, montre que beacoup d'abiku restent au monde, grâce aux

';arécautions" décrites dans cet article.

TUE EGBÉ ÒRUN SOCIETY OF THE ABIKÚ, THE CHILDREN

BORN TO DIE

l f a womari gives birth, in Yoruba country, to series of still-born children

or if they die in infancy, tradition says that it is not the birth of various

children, but that it is the same malevolent creature corning severa1 times

to earth. He is called abiku (born to die) and supposed to come to earth

to return after a short time to the country of the deads. He comes and

goes from and to the "beyond" and the earth without remaining here for

long, for the greatest despair of the parents, anxious to get numerous

children to secure the continuity of the family.

Eight stories, itan of lfa, told by babalawo (the fathers who possess the

secrets) in Nigeria are given in their full ex tension and show how the abiku

are supposed to form a kind of "club", the egbe orun. Each of its

 



Iyami Oshoronga, a Grande Mãe

Iyami Oshoronga, a Grande Mãe

 

Iyami Oshoronga(grande mãe bruxa), eleye (dona dos pássaros), Iyami (mãe minha), Maltrate, são os nomes com que se conhece a esta entidade, que em realidade são várias deidades agrupadas baixo um mesmo termino.

Ela é a encarregada de estabelecer o controle e o equilíbrio da natureza estabelecendo a harmonia e a ordem de toda a criação, se valendo para isso dos chamados osogbo ou ayeo; iku (morte), arun (doença), ofo (perdida), eyo(tragédia), etc e contando sempre com a ajuda de Eshu. É amante do azeite de palma, do pó de osun com o qual se pinta, do eixo e dos iñales, os eyin, dona de todos os pássaros que são seus filhos e feiticeiros, é surda e cega o que justifica sua falta de misericordia e sua atitude eternamente agressiva e desafiante e ao igual que no caso de Eshu, não se obtém nada delas se não se lhe oferecem sacrifícios, os quais são fatos baixo rituales rigorosos e dirigidos pelos babalawos.

Em seus sacrifícios que são realizados baixo a noite, sempre se utiliza a luz dos lustres de azeite ou as vai pára que vejam o oferecimento e o toque de sinos de bronze ou ferro para que escutem a petição e conceda sua misericordia e perdão, tornando neste caso na sua outra fase de bondade e amor.

Diz-se que para executar suas funções se transforma em pássaro e vão aos mas recógnitos lugares para o fazer. É por isso que seu vestimenta está feita de achó dundún e plumas de pássaros, com o que se cobre sua addó.

Uma lenda de Ursa Meji refere que quando todas as criaturas e deidades fizeram seu descenso à terra, Iyami não pôde o fazer pois estava completamente nua. Pediu ajuda a todos, mas ninguém a escutava, até que viu a Orunmila e conhecendo seu caráter benevolente lhe pediu que a ajudasse a baixar. Orunmila pergunto-lhe: e como baixasses assim nua?. Ela lhe respondeu, será fácil, pois se mo permites entrar a teu interior e ninguém me lado.

Orunmila acedeu e quando chegaram a terra firme, Orunmila lhe pediu que saísse, mas ela se negou a sair. Orunmila disse-lhe: Ah, te morrerás de fome e ela lhe contesto, pois sabes que?, Não pois te comerei por dentro. Orunmila assustado fez-se osodifa e vendo-se este odu, fez os sacrifícios necessários e fez-lhe o oferecimento a Iyami para que saísse e esta ao sentir o cheiro do sacrifício saiu e enquanto entretenida comia, Orunmila jogo a correr escapando do lugar, ficando então estabelecido o poder de Iyami na terra.

Tempo após seu descenso Iyami se subdividió e o primeiro que fizeram foi ir tomar da água dos sete sagrados rios que se uniam em Ife (segredo de seu lavatorio) e eles eram: Majomajo, Oleyo, Iyewa, Oserere, Ogun, Ibo, e Ogbere.

Após isto se alojaron em uma foresta escolhendo as árvores que serian suas igbo e que serviriam uns para o bem (ire) e outros para o mau (ibi) os quais compõem seu Ozain, e estes foram:

Orogbo (ire)
Iroko (ibi)
Arere (ibi)
Oshe (ire)
Obobo (ire)
Iya (ibi)
Asurin (ire ati ibi).


Patakis e façanhas desta Deidad.

Uma lenda de Oyekun Pelekan / Oyekun Okana e em Okana Meji no caracol (0-1 / 1 - 1 ) que descreveremos mas adiante, narra quando Iyami Oshoronga e Agborin (humanidade) eram irmãs. Iyami tênia um sozinho filho que era um pássaro e Agborin tênia muitos filhos. Uma vez Agborin teve que ir de compras ao mercado de Ejigbomekun Akira que era o mercado das divinidades e os humanos, os do céu e da terra e que ficava a três dias de viagem e deixo a seus filhos a cargo de Iyami.

Ao regressar, ela encontrou a todos seus filhos em bom estado. Toco o turno então a Iyami a sair de compras e deixo a seu único filho ao cuidado de Agborín. Aos dois dias, os filhos de Agborin já famintos queriam comer ao filho de Iyami e lho pediram a sua mãe, mas esta lhes disse que não, e que aguardassem que ela lhes traria um pássaro qualquer do bosque. Ato seguido que saiu, seus filhos mataram e se comeram ao pássaro. Ao terceiro dia quando Iyami regresso se encontrou com a fatídica notícia de que seu único filho tinha morrido a mãos dos filhos da humanidade, pelo que ela juro enquanto o mundo fosse mundo acabar com os filhos de sua irmã.

Ou OLE LOSHEYIN GUMOLE BI ENI ARINMORIN, BOBA JA KORIN A DURO SII, ADIFAFUN OKANLENU IRUNMOLE, WON TORUN BOWAYE ADIFAFUN ELEYE, EGUN, OSHA, ORUNMILA.

( A casa tem uma importuna a suas costas como uma pessoa invalida que quer caminhar mas não pode, foi o profetizado para as 201 deidades, eles vieram do céu à terra, o profetizado para as bruxas, os espíritos, os Orishas e Orunmila )

Pataki:
Este outro caminho, narra quando Obatala e Iyami eram vizinhos e a cada um tênia respectivamente um lago, os quais estavam unidos por um conduto que era fechado por Eshu para que não se comunicassem um com o outro, já que existia um desnivel e de se tirar a pedra que o fechava, toda a água do lago de Obbatalá iria para o lago das eleye.

Orunmila disse-lhe a Obbatalá que precisava fazer sacrifício para se manter bem, mas este recusou oferecer o sacrifício por entender que não era necessário. Eshu inteirado foi e tiro a pedra do túnel e toda a água do lago de Obbatalá passo ao lago das Iyami. As mulheres de Obbatalá precisadas de lavar-se suas partes pois estavam com a menstruación, ao não encontrar água em seu lago, o foram fazer ao lago das Iyami que estava rebosante de água e ao o fazer foram divisadas pelo pássaro guardião, quem rapidamente aviso às Iyami de que estavam manchando de menstruo suas águas e isso era tabu para elas.

As Iyami culpando a Obbatalá deste acontecimento correram a capturá-lo para sacrificá-lo, mas Obbatalá se percato disto e jogo a correr, implorando a ajuda de todos os Orishas. O primeiro em sair em seu defesa foi Oggún, mas em vão foi, pois as Iyami em seguida acabaram com o. Assim sucedeu com a cada um dos Orishas que quiseram intervir desafiando o imenso poder das bruxas.

Só estas se detiveram quando Obbatalá entro na casa de Orunmila e se refúgio embaixo do manto deste. As Iyami pediram-lhe a Orunmila que lhes entregasse a Obbatalá e lhe narraram o acontecido e Orunmila lhes disse: por que não esperam sete dias, pois Obbatalá esta muito magro e durante esses dias eu lhos engordare?. As Iyami lembraram em esperar. Durante esse tempo Orunmila preparo 16 assentos com borracha de colar pássaros e certos alimentos que a elas lhes agradava.

Ao sétimo dia, apareceram-se cedo e Orunmila o comando a passar e a desfrutar primeiro o banquete para elas preparado. Chegado o momento em que se colaram, Obbatalá saiu de seu esconderijo e a garrotazos foi acabando com elas, mas uma delas, a mas velha consigo fugir cobijándose ela desta vez baixo o manto de Orunmila Quando Obbatalá ia acabar com ela Orunmila o deteve e lhe disse: não vês que está em estado e que se cobija embaixo de meu, não te posso permitir que faças isso, pois quando teu o precisasses eu te ajude e todo o que a meu chegue em ajuda eu o protegerei.

Obatala acalmo-se e Iyami disse-lhe a Orunmila: que favor queres a mudança de que me salvaste a minha e ao filho único de minhas entranhas?. Orunmila disse-lhe: que respeites a meus filhos, não lhes poderás fazer dano sem meu consentimento e desde que não violem o tabu opinados para eles por meu. Iyami aceito e concluo: todo filho meu(feiticeiros) que ataque um teu injustamente, eu juro que eu mesma o destruirei. E a terra será testemunha do que digo, ademais todo o que chegue a ti e faça sacrifícios e riegue com sangue a porta e os arredores de sua casa será respeitado por um tempo convindo e suas petições serão concedidas, bem como te concedo apanhar a meus filhos as aves(galos, gallinas, pombas, etc)para sacrifícios às deidades e alivies os males que eu ocasione.

Assim foi como continuaram as descendencias de bruxos e bruxas sobre a terra até hoje em dia.

A literatura religiosa yoruba confiere em alto grau a participação de Orunmila, o Orisha da inteligência e o conhecimento como controlador das atividades das eleye.

No Oddun Irete Olosa, Metanlá Osá no caracol, cita quando as Iyami quiseram provar o poder de Orunmila e lhe enviaram os pássaros feiticeiros para provar sua força. Ao ver-se este oddun, Orunmila preparo ishu com ekujebu (um grão muito duro) e um opipi eiyele (pomba sem plumas) e foi onde elas e lhes disse: bem como vocês não podem comer ekujebu e este filho seu não pode voar porque assim eu o quis, assim mesmo vocês não têm poder para me matar.

Outro odu de Ogbe Yonu, Ogbe Ogundá no caracol, cita quando as Iyami estavam exterminando aos seres humanos por completo e foram a onde Orunmila e estas lembraram, de que se Orunmila acertava o acertijo que lhe pusessem, então o lhes daria permissão para continuar sua exterminio.

Orunmila foi onde os sete rios das Iyami e ali se consulto e ao se ver Ogbe Yonu fez sacrifício aos humanos com:

Ebbó: ovos, pluma de loro, ewe oyoyo, ewe aanu, ojusaju e agogo igun, algodon, kola branco e kola vermelho, pó de osun e efun.

Ao encontro com as Iyami estas ficaram assombradas, pois as folhas que Orunmila estava utilizando eram para as apaziguar. Não obstante elas lhe perguntaram o acertijo dizendo: "reventar".

Orunmila disse entrampar e elas disseram:"

Isso mesmo por sete vezes. Orunmila contesto;

Isso séria um ovo que lançado sete vezes sobre um montão de algodón não se revienta.

Assim comprazidas as Iyami se retiraram e desistiram pelo momento de suas intenções.

Outras generalidades de Iyami Oshoronga.

Iyami Oshoronga é chamada "a mãe ancestral", é a mesma Yeye mowo, esposa de Obbatalá, é oddu, a grande mãe que tem em sua calabaza todas as esencias da criação. Junto com Obbatalá conforma a igba odu. Esta igba misticamente esta cortada em duas porções; Uma superior e a outra inferior. A superior pertence a Obbatalá e a inferior a Yeye Mowo ( Iyami Oshoronga ). Juntas compõem o mundo em que vivemos, o partindo também em dois submundos: o mundo invisível e o mundo visível.

Os pássaros são os animais prediletos das Iyami, já que são os únicos capazes de mover-se entre céu e terra constantemente. Ainda que Odduduwá (nossa existência) é a união de ambas deidades, quando se fala de Odduduwá nos referimos, só a Yeye Mowo ou Iyami.

Existiu um tempo em que as Iyami por sua poder governaram a terra e controlavam as cerimônias rituales dos Eggún, mas Orunmila encomendou a Obbatalá fazer ebo com babosas e um chicote e se vestiu com as roupas que normalmente se utilizavam para estes rituales e sua voz se sentiu poderosa e em eco, coisa que assusto a Iyami e desde então Obbatalá rege sobre ela e as mulheres não podem presenciar certos ritos aos Eggún.

Conta-se que Iyami vencida pelo poder do conhecimento de Orunmila cayo apaixonada deste e com o se caso, mas só existiu uma condição por parte de Iyami. Esta condição foi que nunca mas nenhuma mulher vivente poderia a ver pessoalmente sem risco de morrer instantaneamente. Isto é um dde tantos motivos pelos que às mulheres, se lhes está proibido fazer Ifá ou seja se consagrar como babalawos.

Nestes tempos falou-se de mulheres com Ifa" e chama-se-lhes Iyalawo. Devo entender que existem certas confusões sobre isto. Às mulheres fazem-se-lhe certas cerimônias que lhe podem dar certa autoridade nesta religião, mas há muita distância entre isto e ser consagradas em Ifá, pois senão esta odu presente não se pode consagrar a ninguém, e está a condição da própria odu, de que nenhuma mulher podia a ver, inclusive, odu é de muito cuidado, nem sequer homens não consagrados nem inclusive meninos podem o ver.

No contexto yoruba existem três momentos, se podemo-lo chamar históricos.

1º. O primeiro é um tipo de patriarcado, quando no momento do translado do céu a Ife, os homens dominavam o sistema étnico.

2º. Posteriormente outra etapa, em que as mulheres tomam o comando por ser estas as capazes de reproduzir e ter a sua fazer todos os labores fundamentais na sociedade dessa época.

3º. Por ultimo os homens recuperam o poder, mas a sua vez o poder este controlado pelas mulheres, pois são elas as que engendram.

Resumindo todo o anteriormente se disse, cairíamos em que: Iyami, maltrate, Eleje, Yeyemowo, Odu, Odduduwá, Onile, são a mesma entidade com diferentes fases, qüestão esta muito comum entre as deidades que conformam o panteón yoruba. O que sucede é que esta Religião tem um sistema de consagración das Deidades segundo seu estado refletido nos Pataki, a sua vez representantes de um Oddun. Isto é; Yemayá, inicialmente pôde ser Naná Burukú e finalmente transformar-se em Yemayá passando pela etapa de Yembo. Só que a cada uma de suas personalidades estão refletidas em oddun diferentes.

Passa o mesmo com Obbatalá e outras Deidades como por exemplo Changó com Ursa Beji que é a origem de Odduduwá e assim com todas as Deidades. Mas realmente a cada uma é uma sozinha representada em suas facetas.



ILÉ MOPUE Ou,
ÍYÁMI ÓSÓRONGÁ, MOPUE Ou,
ÓDU-LOGBOJE IBÁ Ou,
IBÁ ÓSA-IYEKU KIBI ODU ÍYÁMI ÓSORONGÁ.

MOJUBÁ OBINRIN LODE OLO GÉLÉDÉ.
IBÁ ÍYÁMI Ou,
OHUN ABÁWI, FUN AGBÁ NEM, AGBÁ NGBO,
OHUN AWI FUN AGBÁ NEM, AGBÁ NGBÁ.

OHUN TIMOWI LONIJÉ,
ESÉ OHUN TROCEI KOSE LONI JE KORI BÊ E.

NEM ORUNKÓ ÉHIYN ÍYÁMI ÓSHORÓNGÁ OLO HUN ÓLA!

OLOKUN ÓLA, ÓJÓ OJÚ ÓMÓ, BAFÉFÓ

AKI GBE PUE ÓRÚNMILÁ KO GBEHUN AGBE ASHÉ Ou

A GRANDE MÃE

CAPITULO I

“ Duas coisas gostam à mirada humana;
uma são as representações mágicas,
e a outra sua beleza”.


A Cerimônia conhecida com o nome de Gelede tenta combinar ambas coisas: espetáculos de acrobacia e de arte, representação de temas míticos e a elegancia estatuaria das máscaras danzantes, um espetáculo que gosta tanto aos homens como aos deuses.


O objetivo das representações das Gelede, têm como objetivo o acercar a homens e forças espirituais através da magia do teatro.

As representações variam em seus detalhes segundo os lugares, só com a intenção comediante do jogo de máscaras segue sendo a mesma: tirar ferro aos impulsos das bruxas através da arte. Enquanto as cerimônias Oro e Egungún baseiam-se na força, Gelede é um espetáculo mitigante.

As bruxas Maltratei, chamadas mães” de forma galante pelos yorubas, ameaçam a vida e o bem-estar da comunidade. As pessoas que têm sucesso na vida e que têm sido abençoadas com o dom dos filhos, temem provocar a inveja de ouros menos afortunados e, sobretudo, das mulheres maior de idade, das que se suspeita que possam se dedicar à brujería.

Os que entram nas Sociedades Gelede esperam e confiam estar protegidos dos ataques das bruxas.

Nas cidades e povos yorubas de Benin, a festa anual da Sociedade Gelede (Odun Gelede) celebra-se na estação seca, isto é, de novo no período dos espíritos, quando os trabalhos no campo estão basicamente detidos. Esta cerimônia é um acontecimento grandioso, o entretenimento preferido de todo o ano, ainda que devido a seu elevado custo não se celebra anualmente, senão a cada dois ou três temporadas, o que aumenta mais ainda sua importância.

O jogo teatral apela a conseguir uma disposição favorável e de solidariedade por parte das bruxas, que também como membros da sociedade sofrem por causa das tensões, e busca resolver os conflitos que se está escenificando através da obra teatral.

A fotografia representa o dance de conclusão dos festejos o qual tem lugar no bosque sagrado. Nele se encontra o santuário Gelede (MALTRATE), onde é adorada Iyá Nla, a “Grande Mãe” de quem procede toda a vida, mas que também pode ocasionar a esterilidad e inclusive a morte.

As representações Gelede dividem-se em duas partes. A festa inicia-se de forma ritual pela noite mediante duas máscaras que encarnam a Echu e Oggún. A seguir aparecem os cantores de Efe que só chegam bem entrada a noite. Não obstante mas importante que sua chegada são as palavras que dizem. Na maioria das cofradías, só há um ator representante dos Efe, que entretiene ao público mediante canções, poemas, sátiras humorísticas, e elogios aos Orichas e às “MÃES”, em cuja honra se celebra a festa.

Todo o sucedido nesse ano no povo; roubos, aventuras amorosas, casos de corrupção, abusos oficiais, ilegalidades políticas.... é sacado à luz. Rende-se tributo e homenagem tanta às pessoas respetables presentes como aos difuntos importantes.

Todo isso serve para mitigar a dor dos sobreviventes pois se adula aos mortos, que então se sentem melhor predispuestos a presentear suas bênçãos à comunidade.

Depois da representação noturna segue, pela manhã, dança-a Gelede. Ainda que os danzantes mascarados pelo geral são homens, a direção da cerimônia descansa em mãos das mulheres e de uma presentadora do culto, Iyalase. “O Gelede”, dizem seus membros, “é um segredo das mulheres, de quem somos seus escravos. Nós dançamos ara aplacar a nossas mães”. Desde este ponto de vista, poderia dizer-se que a cerimônia Gelede é como um ritual de reconciliação (Etutu), cujo objetivo é aplacar ou “enfriar” as forças “acaloradas” e alteradas das bruxas.

As máscaras servem para proteger aos danzantes destas forças e das mesmas “mães”. A explicação disto se encontra no mito da viagem de Orúnmila, o Oricha das profecias, ao bosquecillo secreto das “mães”. Quando Orúnmila entrou no domínio das mulheres, se pôs uma máscara (Aworán), um lenço na cabeça (Oja) e um cascabeles nos pés (Ikú), objetos que se incluem na vestimenta e atavíos dos trajes Efe e Gelede. Ele se dirigiu lentamente para a gruta dos leões, se expondo assim a um grande perigo. Não obstante, consigo escapar da morte graças a sua prudência e não provocou às “mães”, senão que tentou aplacarlas Ataviado com sua estranha vestimenta, as entretuvo com cantos e danças, regressando depois são e salvo. A representação teatral Gelede repete e rememora este acontecimento, brindando um exemplo de reconciliação e bom sentido.

Em um próximo capitulo a respeito das Gelede daremos a conhecer a cerimônia que se deve de realizar para ter sempre contentes às Maltratei e que assim estas não perturbem a vida do ser humano.









Neste segundo e último capítulo a respeito da Sociedade Gelede, mostra-se como se realiza a cerimônia completa e como se lhe dá de comer às Maltratei. MALTRATE-AS (bruxas) comem jutia, gallina, galo, chivo, chiva, pescado.... O animal favorito de maltratei-as é a Jutía.



Quando vamos realizar uma oferenda às Maltratei, também conhecidas como as “maiores”, com Jutía, a cabeça e a fila da mesma se tiram. Dos demais animais oferece-se-lhe tudo, excepto os intestinos com a exceção de quando se lhe realiza sacrifício com chivo ou chiva que então se se lhe ofrenden os mesmos. (Em Cuba se ofrendan as vísceras dos animais também de pluma).

Devemos ter em conta que no sacrifício é necessário que o que conhecemos como pele do animal este seja retirado, isto é, o animal que se lhe ofrende às Maltratei deve estar sem pele.

Para realizar dita oferenda devemos conseguir um tazón ou plato profundo, bastante epó e ter a mão Iyerozun, pó amarelo que se utiliza para a adivinación no Opõe tabuleiro de IFA. Este pó é sacado da árvore Igí Irosun (Baphia Nítida leguminoso). Aqui devemos aclarar que não serve o que em Cuba se conhece como Aché de Orúnmila e cuja base de dito Aché é o ñame.

Uma vez limpo de pele o animal devemos perguntar (a Orúnmila ou a Echu) se este se lhe cozinha ou se lhe oferece cru, em qualquer das formas em que se lhe ofereça não se lhe prova a comida.

Uma vez colocada a oferenda no tazón procedemos a aspergir-lhe bastante manteca de corojo. Uma vez pronta para levar pergunta-se a IFA ou a Echu o lugar onde deve de ser levada, tendo em conta que ditos lugares podem ser uma encrucijada de três ou quatro caminhos, a manigua, o banco de um rio, a montanha, o monte, à frente da casa, à parte trasera da casa, a uma árvore do plátano....

A Oferenda deve de ser levada a partir de 11.00 PM e até as 02.00 AM. Se o lugar da oferenda onde a estamos levando não se encontra longe, podemos ir às 06.00 AM a recolher o tazón, tendo em conta que se ainda há comida não se recolhe. Só podemos recolher o tazón se nele não há comida, pois isso é sinal de que nossa oferenda tem sido aceitada, se o tazón está rompido, devemos o deixar ali e por nada do mundo o recolher.



Osá Melli é um dos signos principais das Maltratei, já que é o único signo que depois do sucedido com Agbonerin quis apadrinhar e representar às Iyami Oshoronga e seus vassalos. Por isso, este signo e não outro deve de ser marcado e rezado com Iyerozun e uma vez recolhido se joga em cima da oferenda (sempre após ter jogado o epó não dantes). Enquanto vamos jogando o Iyerozun na oferenda devemos rezar o seguinte:

SANSA MEJI OTONA GEGERE WOLU,
ADIFA FUN ORISANLA,
TI AWON ELEYENLEE BOISA,
ADIFA FUN ORUNMILA,
TI OGBADA LOWO ORISA TI OFI GBAAKALE,
LOWO AWON ELEYE,
IFA DÁ KUN WA GBA OMORE KALE LOWO,
GBOGBO AJOGUN.


A tradução do rezo é a seguinte

Duas pessoas temerosas correm pelo temor
Fez adivinación para Orishanla
Que as bruxas o perseguiram
Fez adivinación para Orúnmila
Que ia apanhar o machete da mão de Orishanla
Para salvar das mãos das bruxas.
Ifá faz favor salva-me (Nome e apellidos) das mãos
Dos espíritos malévolos.

NOTA: O nome e os apellidos da pessoa a quem estamos-lhe fazendo a oferenda mencionam-se. Se é para um mesmo se faz exatamente igual, isto é, sempre se deve de mencionar o nome e os apellidos da pessoa a quem ou para quem se lhe faz a oferenda.

Uma vez realizado o rezo anterior procedemos a rezar o seguinte:

IYAMI OSORONGA, OLO KIKI ORU, AFINJU EYE TINJE LAARIN ORU,
MALTRATE O TUTU MANBI, IRUMAN LOOGUN DANU,
IKONIRI IJA IYAMI ASHE.

A tradução do rezo é como segue:

A que apanha a um em uma maneira misteriosa
A famosa da
noite Pássaro limpa que come pela madrugada
A que come hígado cru sem vomitar
A que joga a perder a medicina e que não a faz funcionar
Nunca tenhamos a briga de vocês. Assim seja.

A obra que aqui se expôs esta completa em sua totalidade, e qualquer pessoa que tenha sido iniciada no culto aos Orichas pode a realizar.


EBO DE DEFESA CONTRA A HECHICERÍA MÁ DE MALTRATE-AS.

Isto se realiza no momento em que nos possam estar fazendo brujería, já que as Maltratei são as que dão o Ashe para o mesmo.

O seguinte Ebbó consiste em colocar no teto da casa um pedaço de carne de vaca ou rês untada em manteca de corojo e polvilhada com Iyerozun. Quando se vai colocar no teto da casa devemos fazer o seguinte rezo:


ARODIDÉ ODIDEMAN, ARODIDÉ ODIDEMAN
ORISÁ OBIARUKÓ, OJÓ ODIDEMAN, DIDÉ DIDÉ ODIDEMAN
OSAGUIAN OJÓ ODIDEMAN, DIDÉ DIDÉ ODIDEMAN
OBATALA, OJÓ ODIDEMAN, DIDÉ DIDÉ ODIDEMAN
OBALUFÓN, OLHO ODIDEMAN, DIDÉ DIDÉ ODIDEMAN
OFUN LERÍ, OJÓ ODIDEMAN, DIDÉ DIDÉ ODIDEMAN
OUSA BURUKÚ, OJÓ ODIDEMAN, DIDÉ DIDÉ ODIDEMAN
IKU, OJÓ ODIDEMAN, DIDÉ DIDÉ ODIDEMAN
ARUN OLHO ODIDEMAN, DIDÉ DIDÉ ODIDEMAN
OFO, OJÓ ODIDEMAN, DIDÉ DIDÉ ODIDEMAN
EJÓ OJÓ ODIDEMAN, DIDÉ DIDÉ ODIDEMAN
INA, OJÓ ODIDEMAN, DIDÉ DIDÉ ODIDEMAN
OUSA PURÚ, OJÓ ODIDEMAN, DIDÉ DIDÉ ODIDEMAN
OFUN LERI ODIDEMAN.




















































Iyamí Oshoronga

As bruxas

Para falar na Terra de Osha de maltratei-as ou de Iyami Oshoronga, temos de falar primeiramente de Changó, já que este é quem a trouxe à terra. Mas igualmente, não podemos falar de Chango sem ter muito presente às “Maltrate bruxas”, Divinidad que trabalha nas horas da noite e pelo regular seu trabalho é dedicado ao mau ou à defesa contra o mau, às quais se lhes pode neste caso igualar, às mesmas atividades que o Satanás dos cristãos. Pelo regular todos tememos medo às bruxas e fugimos delas como quando o Diabo vê à cruz. Maltrate-as bruxas igual que os Orichas pertencem a esfera cosmológica, e são mas conhecidas pelo nome de Maltrate Maiores da Noite ou como Donas da noite.


Outros Patakí segundo o diloggún:

O Odun Okana Meji 1-1, diz-nos como foi que elas vieram a existir ou a viver nesta terra e da mesma forma como foi que elas chegaram a ter os poderes que se lhe atribuem nestes momentos, os que são tantos poderes das Maltrates que elas competem com o resto dos Iru-Male. Somente existe um Oricha quem domina-as, e ao qual elas escutam, Chango. Do resto, não existe nenhum outro Oricha que lhes possa contrarrestar suas forças maléficas.

Elas são capazes de contrarrestar os esforços dos demais Orichas, eles falham ao não avaliar o poderío dos Grandes da Noite. Não lhe dão o respeito que elas se merecem e é aqui¬ onde a maioria dos sacerdotes de nossa crença, se encontram em grandes dificuldades à hora de resolver algum problema. Não se pode nunca esquecer nos sacrifícios aos Orichas, que também têm que lhe fazer oferenda ou dar a porção que lhes corresponde a elas caso contrário nada sairá bem.

O melhor oferecimento que se lhe podem fazer às bruxas são as tetas “mamú” dos animais sacrificados, estas são asadas e depois se lhe levam em hora da noite aos bosques ou montes, sempre prendendo uma vela vermelha no monte e lhe deixando ali a jícara com o conteúdo das tetas azadas.

Como elas, as bruxas costumam funcionar de duas formas diferentes, isto é para o bom e para o mau, ou são imparciais. Existem momentos onde elas são boas ou são más, do que se estamos seguros é que são corpos celestiales e terrestre os quais têm em função, um sistema bem imparcial, não condenando injustamente a ninguém. Se alguém é acusado, elas consideram todos os elementos da acusação, sempre chegando a uma justa justiça dantes de chegar a uma determinação.

O oddun Okana Meji 1-1, contam-nos como foi que elas chegaram à terra e como elas oprimiram aos demais Orichas. Chango diz-nos: Elas não matam a ninguém a não ser que a pessoa negue o juramento entre elas Olodumare e as Maltrate. Maltrate-as não matam a nenhum homem que verdadeiramente trabalha de acordo com a voz e acordos proclamados por Olodumare. Em outras palavras respeitando as leis impostas por Olodumare.

Chango em Okana Meji 1-1, revela-nos também, que as Maltrate originalmente eram mas consideradas que os mortais.

Pataki:
Ao começo de sua existência, foram os seres humanos os que primeiro as ofenderam e provocaram seu aparecimento na Terra, lhe matando a seu único filho. Passo então que as Maltrate e Ogbori vieram como irmãs ao mundo à mesma vez. Ogbori tênia 10 filhos enquanto as bruxas somente teni¬a um filho. Um dí¬a Agbori foi ao único mercado que existia nesses tempos chamado Oja Ajigbomekin Akola. Este mercado estava localizado na fronteira entre o céu e a terra. Os habitantes do céu e a terra acostumavam naqueles tempos fazer negócios entre eles. Quando Ogbori foi ao mercado lhe pediu às Maltrate que lhe se lhe podiam cuidar a seus 10 filhos, elas aceitaram cuidando aos rapazs sem que nada lhes passasse a nenhum deles; quando Agborin regresso a recolher a seus filhos a nenhum deles lhes tinha passado nada e tudo estava em perfeita ordem, ficando muito contente pelo cuidado que as Maltrate lhe tinham oferecido a seus 10 filhos.

Aos seis dias depois, toco-lhe a maltrate-as de ir ao mercado e elas foram onde Agborin para que este lhe pagasse o favor que elas lhe tinham jogo cuidando de 10 filhos, elas vieram pára que Agborin lhe cuidasse a seu único filho e Agborin disse que se, que o cuidaria do único filho das Maltrate. Nesta oportunidade a que veio fazer a pergunta a Agborin de que se podia cuidar do menino, foi a mãe de todas as bruxas, Iyami Oshoronga. Quando Agborin disse que se que ele cuidaria do menino, Iyami Oshoronga lhe advertiu que tivesse muito cuidado em cuidar ao menino, pois este era o único filho que elas tinham e queriam que nada mau lhe passasse ao rapaz.

As bruxas tomaram seu caminho a para a praça e em ausência delas, os 10 filhos de Agborin queriam ir caçar pássaros para as comidas, Agborin lhe disse a suas 10 filhos; - se vocês têm fome eu irei buscar pássaros para lhes fazer comida e vocês em mudança têm que cuidar do menino de Maltrate, nada pode lhe passar enquanto eu lhes vou buscar os pássaros para o jantar -.

Ela foi a buscar os pássaros para o jantar de seus filhos, não fez mas que sair pela porta de sua Ilé, suas 10 filhos se puseram de acordo e mataram ao filho de Iyami Oshoronga, cozinhando as carnes do menino o qual se comeram.

No mesmo momento que os 10 filhos de Agborin estavam matando ao menino de Iyami Oshoronga, os poderes sobrenaturales dela, lhe avisaram de que algo não estava bem com seu filho. Iyami Oshoronga abandono sua viagem e regresso-se à casa de Agborin, descobrindo que seu filho já este morrido e devorado pelos 10 filhos de Agborin. A fúria de Iyami Oshoronga, não tênia limites e lhe reclamando a Agborin lhe disse: - Te fustes ao mercado e eu te cuide de teus 10 filhos e a teu regresso eles estavam em perfeitas condições, e eu em mudança te peço que cuides de meu único filho e quando chego me encontro que tem sido devorado por teus filhos -.

Iyami Oshoronga choro amargamente e decidiu romper a amizade e mudar da casa onde vivia com sua irmã Ogborin.

Iyamio Oshoronga tênia um irmão, que era Chango, mas ela decidiu se ir a viver à copa da árvore Arava, o qual se achava no médio do campo, já que ela desejava que ninguém a molestasse nesses momentos. Estando Changó caminhando pelo campo, escuto um pranto que vinha do longe, ao qual foi por curiosidade para averiguar quem chorava. Ao estar já bem perto, pôde distinguir que o pranto que ouvia de longe era o de sua irmã Iyami Oshoronga, pelo que rapidamente foi até onde estava e lhe pergunto: - Que te esta passando que teu pranto se deixa escutar até no mesmo Orun - . Ela lhe explicou como os filhos de Agborin, tinham matado a seu único filho e lho tinham comido.

Chango impressionado pela tragédia, fez-lhe uma promessa, que foi mas que um juramento, a acalmou e lhe assegurou; - Iyamí, Abure meu, desde hoje em adiante e enquanto o mundo seja mundo, Tu te alimentarás ao igual que teus filhos, da descendencia de Agborin -.

Foi desde esse dia como Iyamí se valeu da ajuda de Chango e Echu, que as bruxas se começaram alimentar dos filhos de Agborin ( humanos ). Foi Chango o que ajudo às bruxas a se cobrar o dano que lhe tinham feitos os humanos.

Mas passa o tempo e Olofi dá-se conta do que sucede e manda a chamar a Changó, ao qual lhe pede que de acordo amaldiçoou aos filhos de Agborín, também tem de ser imparcial e defender sua criação, já que Ará tem de ser povoada por seus filhos. Changó, acatando as ordens de Olofi, regressa à Terra e busca a Iyamí para tratar de aplacarla e poder acalmar sua sejam de vingança, pelo que lhe pergunta;

- Abure Iyamí Oshoronga, Que aceitarias você para acalmar teu sejam de vingança? -

Respondendo-lhe ela; - Eu acalmaria minhas ânsias de vingança, sempre que o humanos em mudança me façam oferendas nas noites, com as mamú “seios dos animais que eles sacrifiquem”, coelhos, ovos, manteca de corojo e todo tipos de oferendas comestibles -.

Então Changó regressou com a feliz notícia a Agborín, contentando-se este, e começando a instaurar a seus filhos ( humanos ) este tipo de cerimônias para seu subsistencia na Terra.

- Changó disse; - To ibban Echu -.

É assim desta maneira se cria de uma forma ou outra, os cultos às Maltratei, já que estas forças são muito zelosas com seus direitos, e é sozinho com a oferenda como elas se esquecem da maldição do começo dos tempos.

Às bruxas não se podem estar molestando se não se sabe como é que se tem que lidiar com elas, pois o mesmo que Echu-Elegbara, se não estamos preparados nos podem causar grandes danos. O mas indicado para saber como andar ou trabalhar com Iyami Oshoronga, é fazendo uma consulta com o Diloggún, deve de ser feita, para que nos indique de que forma se fazem os sacrifícios e oferendas dela mesma, como o quer etc. Isto se averigua através de Elegguá, que é quem nos tem que dizer, de que forma lhe pedir e também como depois no-las temos que tirar de em cima.

As pessoas que não têm noções algumas de quem são estas Entidades, não devem de estar inventando, isto lhes pode custar muito caro e aqueles que não têm ou compreendem os aspectos da existência do Ser Humano, são os que primeiro servem de comida às bruxas.

Não obstante e apesar da intervenção de Changó, esta guerra entre as bruxas e os humanos segue existindo ainda em nossos dias, e sempre é Chango o que se lhe interpõe no passo das bruxas para que elas não matem e se comam aos filhos de Agborín.

Outra história desenvolvo-se no Odun Obara-Irozo 6-4, cujo pataki revela-nos como os homens de Ife uma vez decidiram competir com Iyami Oshoronga e o resultado desta concorrência, foi a favor das bruxas.

Patakí:
As bruxas decidiram em um dia fazer-lhe a guerra aos povoados e em conseqüência determinam ir-se a instalar entre os domínios do povo de Ile Eleye, nas afueras de Ife.

Desde este novo lugar, as bruxas decidiram adueñarse de Ile Ife matando a seus habitantes um por trás de outro. Passado o tempo e depois que Ife tivesse perdido muitos de seus filhos e filhas, os Maiores decidiram fazer a guerra às bruxas. Todo um ejercito preparado para derrotar a simples mulheres foi enviado incessantemente, mas sucedia que todo aquele que saía em razão ao combate com Estas, jamais regressavam a Ife.

Rogou-se-lhes aos demais Orichas que interviessem, mas ainda os esforços dos Orichas foram neutralizados pelos poderes das Iyami Oshoronga.

Mas Echu, que é o chivato, o bretero, comentou que ainda ficava uma Deidad com poder sobre a Terra que não tinham consultado para poder vencer esta situação, este era Changó. Ao momento, uma congregación de Orichas e habitantes de Ife encaminharam-se para a casa de Chango, e expuseram-lhe o acontecido nos tempos atrás, e da mortandad de seus irmãos, pelo que lhe imploraram e pediram que Ele fizesse uma leitura com sua Diloggun para saber que fazer, já que sabiam da estreita relação que existia entre Chango e Iyami Oshoronga por médio do que Echu lhes comentou em um princípio.

Estavam eles convencidos, que se alguém podia enfrentar às bruxas, era Ele.
Então, sacou seu Addó Meridiloggún e realizou um Osoddé, e vindo Obbara Kossó (6-4) marcou em seguida o Ebbó. Uma vez que fez todos os sacrifícios necessários, Chango não foi com um ejercito ao povo de Ilu Omuo, senão com uma procissão de dance por médio do povo.

Saindo em procissão, começou o povo a armar um grande revuelo, e unindo nesta festa, maltratei-as. Todas estavan dispersadas mas Iyamí foi se integrando no mesmo núcleo, já que queria saber quem era o tamborero e cantor capaz de romper o medo que elas causavan. Quando Iyami Oshoronga se foi dar conta, a multidão a tinha arrastado sem que ela se desse conta ao centro da cidade de Ife. Uma vez em Ife ele se descobriu e a rodeou com seu povoado, e obrigou a deixar retirar do povo seu ejercito de Ajés, e fez que ela deixasse sua vingança a um lado, e assim todos viveram em mútuo respeito.

Maferefún Changó, Maferefún Echu.

A história narrada anteriormente demonstra-nos que não sempre na vida um consegue as coisas que um deseja, utilizando as forças ou brujería. Em muitas ocasiões conseguimos mas e melhor o que um deseja se se usa a doçura e a alegrí¬a, como fez Chango neste caso.

É por isto, que Chango é o único Oricha que pode ultrapassar as forças da brujería, porque o sabe como a preparar de forma que esta se afectiva e que esta chegue a onde tem que chegar sem que as pessoas às quais se lhe fez a brujería se dêem conta de onde esta prove.

O Odun Obbara-Eyila 6-12, Olodumare mesmo proclamo que o único Oricha capacitado para preparar a terra Oto ou Ale, previamente na contramão das bruxas foi dado a Chango. ELE é o único que tem o conhecimento e forças para destruir qualquer bruxa ou brujería que possam chegar até nós. Leste foi proclamado no instante que o famoso bruxo do céu Ejete e Oketer eu Orun estava destruindo aos seres humanos na terra.

O Odun Eyila Chebbora 12, é onde Olodumare, desterra à mãe das bruxas do céu, Iyami Oshoronga, e este mesmo Odun segundo a fonte citada anteriormente nos diz que aos únicos que as bruxas não podem destruir é aos filhos de Chango, porque este é o único Oricha que lhe conheces todos os segredos a elas e os únicos que têm os remédios de evitar que a brujería nos chegue.

O Odun Obbara-Che 6-5 diz: Chango neste Odun revela-nos como Olodumare nos protege contra os poderes das Maltrate ou brujería.

Pataki:
Existia uma donzela muito formosa no palácio de Olodumare, que já estava lista para o casal como mulher. Por aquele então tinham três pretendientes muito interessados nela os quais eram, Oggún, Ozun e Changó. Olodumare vendo isto, lembrou lhe dar a donzela em casal a qualquer admirador que pudesse provar ser merecedor da linda mulher. Para isso, penso submeter a prova aos interessados, cuja prova a passar por estes admiradores, para chegar a conseguir a mão da rapariga era:

1º. Cosechar batata doces ou boniato, tinham que cosechar um boniato da finca dos Orichas sem o romper, uma prova relativamente fácil de fazer.

então, encabeçada a solicitação por um deles, Oggún foi o primeiro voluntário em fazer dita prova. Preparou-se, foi à finca e começou a sacar os boniatos, mas à medida que ia-os sacando da terra, os boniatos avariavam-se em vários pedaços, o que claramente isto o descalificaba.

decidiu o segundo candidato, neste caso Ozun, o qual foi o seguinte em tentar a prova, e o trato sua sorte foi exatamente a mesma que Oggún, cujo esforço não obteve bons resultados, ficando igualmente descalificado como pretendiente da rapariga.

definitivamente actua o terceiro dos candidatos apresentados ante Olodumare, o qual era Chango, qual decidiu averiguar, por que os outros dois anteriores tinham falhado e o que teni¬a que fazer para não fracassar em sua tentativa. O não foi diretamente à finca, preferiu primeiro averiguar porque os outros dois habí¬an fracassado e o que o teni¬a que fazer para ter sucesso em sua missão.

Então foi a Elegguá e mediante seu diloggún Echu-Elegbara disse-lhe:

Olodumare tem recomendado aos maiores da noite a que vigiem a finca, as Maltrates são as responsáveis por que ninguém possa sacar um boniato inteiro da terra ou que se lhes partissem as raízes quando o tratam de sacar. Echu mando-lhe fazer um ebo com: Eko, Akara e todos as golosinas que elasgosta de consumir, também lhe leva um Onirun (coelho) grande tudo isto lho levasses à finca em horas da noite e quando chegue a noite fazes o sacrifício do Onirun e o cozinhas com bastante manteca de corojo e cebolla morada. Changó cogio o recado e realiza o Ebbó.

Uma vez que o sacrifício esteve fato, Chango começou a cozinhar o coelho e começou a chamar às Maltratei, lhes convidando a participar da festa. Todos os maiores da noite fizeram ato de presença e participaram da grande comelata que Chango lhes tinha oferecido em sua honra.

Depois que se acabo a festa Chango se regresso a sua Ile e essa mesma noite tubo um soo, no qual as Maltrate lhe disseram que não viesse à finca no dia seguinte, senão que tinha que ir à finca ao terceiro dia.

Passam nos dias e ao terceiro dí¬a de o banquete, as bruxas fizeram que caísse um grande diluvio, o qual suavizo à terra onde estavam semeados os boniatos.

Elas por mediação do sonho, também lhe prometeram a Changó que elas fariam que o boniato que o ia sacar não se rompesse a raiz.

Ao terceiro dia Chango foi e saco seu boniato sem problema algum, o boniato foi levado ante Olodumare, quem instantaneamente lhe cedeu a mão da formosa rapariga. To Iam Echu.

Tenham em conta que Olodumare não lhe disse a nenhum dos admiradores, o que tinham que fazer para sacar o boniato e muito menos quem cuidavam da finca. Também não disse-lhes como defender do problema que iam enfrentar. Ele esperava que eles utilizassem a discreción. Sendo Chango o único que nunca actua dantes de analisar ou averiguar, utilizando a discreción. Ele foi e pôde vencer os obstáculos que pudessem surgir neste labor.


Nascimento e baixada à Terra de Iyami Oshoronga.

Pataki Okana Meji.

Uma vez que Alafi (Chango), vai ante seu pai Olodumare a pedir a permissão de vir à terra, Chango se encontra em frente a frente com Olodumare e lhe diz a razão pela que tem vindo ante Ele, pois Olodumare vive em um grande palácio o qual este dividido por muitas habitações. A cada uma dessas habitações, pertence a uma Deidad e a habitação mas grande pertence-lhe a Iyami Oshoronga, pois baixo o comando delas estão muitas das outras entidades as quais têm por separado suas próprias habitações.

Então Quando Chango lhe pede a permissão a seu pai para fazer esta viagem, Olodumare lhe diz a Chango, tua podes ir à terra, mas te aconselho que pára que tua viagem não tenha nenhum inconveniente primeiro faz de ir e lhe dá um tributo ou te faz um Ebo com Eshu Elegbara. Desta forma não fracassasses como lhe passo a Oggun, que se foi à terra e eu lhe disse fizesse um Ebo a Eshu e o não o fez. E o falhanço em sua tarefa. Também lhe faz Um Ebo a Eleni e desta forma ela te livrasse de qualquer percance.

Terciada a entrevista com Olodumare, saiu Changó do palácio de seu pai tenho imediatamente dirigiu-se ao monte onde lhe fez a oferenda a Eshu. Quando acabo de fazer o Ebo Eshu lhe disse. Eu te abrirei os caminhos à terra e guiar teus passos para que todo saia bem, mas agora mesmo vê a lhe render pleitesías a Eleni e não te surpreendas, uma vês que faças essa oferenda, que ela e algumas outras Deidades queiram viajar contigo à terra.

Chango fez o marcado por Olodumare e seguiu ao pé da letra o que Eshu lhe recomendou. Para surpresa de Chango, quando o chega de novo ao palácio de seu pai para fazer o Ebo a "Eleni" vê que em cima do teto do palácio, tinham uma grande conglomeración de pássaros e muitos deles eram negros. Como também tinha gatos e dois reptiles, também de cor negro. O que mas lhe chamo a atenção foi que tinham uma variedad de Awiwis (lechuzas de várias cores), e parecesse que elas eram as que dominam ou influenciavam ao resto dos animais, ali presentes. Todos estes animais são símbolos e Adele de Iyamio Oshoronga.

Então, depois de entrar no palácio, Chango tropeça-se de novo com Olodumare, o qual lhe entrega um saco, e lhe recorda que nunca deve do abrir nem olhar que há dentro. Changó recebe-o e prossegue caminhando até chegar à grande estância, onde vivia Eleni Elló (a tragédia, uma das filhas de Iyami Oshoronga), e dantes que esta falasse foi o quem lhe disse:

- Venho a trazer-te tributos e render-te Moforibale-.

Eleni Elló, olha-o zombadoramente e com mirada por acima de seu ombro analisa bem à pessoa que lhe acaba de falar tão gallardamente. Rapidamente Chango oferece-lhe a Eleni Isso, Etun meji, Eiyele meji funfun e 7 Obi Kola mas sete Orogbos. Elló apesar de seu autosuficiencia, baixo muito comprazido com a oferenda que Chango lhe acabava de fazer. Então Elení Elló olha-lhe de frente e muito pausadamente diz-lhe:

A muitos outros se lhe recomendou que viessem aqui ante meu, e nenhum fizeram caso omiso, lançando à terra sem contar comigo, no entanto tua tens cumprido com o que Olodumare e Echu Elegbara te recomendaram e os faz feito sem perda de tempo. Tua viagem à terra será exitoso, mas existe uma precondición!

Chango olha-a e pergunta-lhe. -Qual é vossa precondición?. Elló rri a gargalhadas, e após um momento diz-lhe:

Teu tens que levar à terra contigo.

Chango não se negou, pesando que ela poderia acompanhar à terra, desde que ela lhe seguisse os passos a o, mas foi neste então que ela lhe diz: Tens-me que levar dentro de teu saco! O fico-se pensativo discerniendo que poderia dizer com isso, já que Olodumare lhe tinha entregado um saco ao chegar ao palácio por segunda vez, no que não sábia que poderia ter. Imediatamente foi a negar-se, mas lembrou-se dos conselhos de seu Pai de contar com Eleni Isso, e o que não devia de fazer com o saco.

Então, razonó por um instante e disse-lhe; - De acordo, entra no saco mas rápido pois eu não tenho que ver o que esta dentro e se não és Tu quem o habre, também não serei eu quem o terá.

Lembrado por ambas partes, Elení Elló entra no saco e assim empreenderam sua viagem.

Um pouco dantes de sair de Ara Orun, Chango chegou a meia noite a um lugar muito escuro e no meio daquele lugar, começou a ouvir uns lamentos, e dirigindo para o lugar, viu ante Ele, uma velha toda arapiada e com cara de pássaro e que à mesma vez se transforma em gato, corvo, lechuza e serpente.

A velha com voz subtil mas forte à mesma vez, pergunta-lhe:

-Onde vais tão de pressa?-

O responde-lhe, - Eu vou a terra lugar onde minha presença se faz falta.

Sem perdida de tempo ela lhe diz; -eu quero ir contigo a esse lugar, Chango a olha com recelos e ao final de lhe diz: Se teu abres o saco e metes-te dentro do eu te levo comigo, ela o olha e soltou uma gargalhada que se buraco em todo o reino de Ara Orun.

Ela lhe contestou;

Não Alafi, eu não posso viajar dentro desse saco, pois estou muito débil. Eu te faço um trato, teu me deixas penetrar dentro de teu estomago e viajar ali contigo à Terra, e quando cheguemos eu te prometo que saio de estomago e depois, eu te oferecerei toda minha ajuda e virtudes.

Chango olha-a e compreendendo que o que tênia adiante dele, era algo sumamente poderoso, aceita o trato com a velha.

Seguidamente e como um vento, Ela entro em estomago de Chango e foi desta maneira que ela chega à terra. Uma vez na Terra, Chango trata de que ela saia de seu ventre como lembraram em seu momento, mas a velha de nenhuma forma quer sair se fazendo impossível a convencer.

Após vários dias de tratar de convencer à velha e esgotadas todas as ideia ocorrida, Changó toma um uma jícara cheia de vinho de palma e lhe põe bastante sal e lha toma, não fez mas que tomar este brebaje e a velha saiu pela boca de Chango.

Ao sair ela envergonhada lhe conta a razão pela qual ela não queria sair do corpo de Chango, Ela lhe comenta que ela se tinha apaixonado dele e permanecendo dentro dele, era a única forma que podia ser ou se sentir parte de o.

Então Chango, pergunta-lhe; - como é que teu te chamas? Ela lhe contesta meu nome é Iyami Oshoronga.

Não fez mas faltas nem mas perguntas, Ele entendeu perfeitamente, do que se tratava, e foi então que ela lhe diz:

Alafi abre teu saco, Chango abriu o saco e de dentro do saco saíram todas as outras entidades ( os osogbos e vampiros ), e estas, uma depois da outra começaram a penetrar dentro da boca de Iyami Oshoronga. Também saíram muitas diferentes sementes, as quais se regaron por toda a terra e um sem fim de coisas as quais depois foram utilizadas pelos seres humanos. Ela olha a Chango fixamente e de forma mental lhe diz:

Alafi, eu te pedi um favor e teu me ajudaste sem pretexto algum. Desde hoje em adiante-o, eu serei tua servidora e tens em minha a tua melhor aliada.

Chango olho-a e simplesmente disse: Odupue Iyami Oshoronga. To Iam Echu.

NOTA: Este é o motivo pelo qual se diz que ela trabalha no ventre das pessoas e é ali onde emana toda a energia do resto do corpo.

Depois que chegam à terra ela se converte a melhor aliada que tem, Eshu, E Chango pois de aqui nasce a teoria de quando se fala de brujería, magia, sortilegios e encantaciones, não existe nada mas bruxo que um filho de Chango. Ela nas noites vira todas suas virtudes àqueles filhos de Chango que a têm recebida e também ajuda e acompanham aos filhos de Chango pela simples razão que o foi a vasija que a trouxe até a terra. Ela se deve sempre de receber de um filho de Chango, e se este tem como Oddun que o pare ou em seu lerí Okana Meji, Obbara Meji ou Eyila Chebbora Meji, melhor ainda.

Nota: Quando Chango se entrevista com Olodumare, este lhe dá um saco e lhe disse, não olhes ou abras este saco até que tenhas chegado à terra. O motivo é, que no saco estavam todas as entidades dantes mencionadas, e que representavam os problemas por acontecer o mundo, já que o mundo sem problemas não é mundo, e as quais, foi Chango quem as trouxe à terra. Este é o motivo de por que se diz que Chango trouxe areye em sua cabeça, que o representa Obbara ( 6 ).

Iyami Oshoronga, também se lhe conhece por outros nomes, e todos eles são correlativos desta Divinidad. Aparte de Iyami Oshoronga, conhece-se-lhe por "Os maiores da Noite", ou os velhos da noite, "energia coletiva". Dá-se-lhe este nome por que não sê se recordam, que disse anteriormente, que baixo seu mandato ou domínios se conglomeraban outras entidades, tais como Eleni Elló, Owiwi Maltrate, (lechuza bruxa) e outras mas.

Iyamí identifica-se com a Lechuza especialmente, por ser este o pássaro no que costuma se transformar e utiliza como veículo de transportación nas noites.

Também o utiliza em muitos ou a maioria de seus feitiços. Sempre que veja-se uma lechuza, especialmente em horas da noite, pode-se estar seguro que é ela, e se se ouve o canto da lechuza cerca de vossa casa, significa segundo os velhos santeros de Cuba, que ela cantava por que Iyami venia a buscar a alguém ou algo para o levar ao outro mundo.

Todo o que este relacionado com a brujería, feitiços, encantaciones, magia e sortilegios, são virtudes e atributos dela. Na Nigéria a diferença do escuro mundo, a ela se lhe considera uma energia coletiva ancestral e no entanto na Republica Federal de Benin, se lhe considera ao igual que em Cuba e Brasil, uma Orisha, uma aglomeración de energias coletivas que estão compostas de outras entidades, as quais emanan todas e muitas das virtudes de Iyamí Oshoronga e cujas qualidades estão baixo seu mandato.

Existem na Nigéria, Benin e Brasil sociedades secretas nas que somente se lhes permite ser membros a mulheres, e já em alguns lugares do Brasil se lhe tem dado ou permite a entrada nestas seitas secretas, a homens, o qual não se faz em Africa. Em Cuba o culto a Iyami Oshoronga é muito pequeno, e isto se deve a que em Cuba chegaram muito poucos escravos filhos delas, ou que rendiam o culto a esta grande senhora da noite. Iyamí na Nigéria, Benin, Brasil e Cuba é representada por dois caretas negras com a cara de dois pássaros negros, estes podem ser dois lechuzas ou dois corvos.

Também se representa ou manifesta em forma do Ejo (serpentes), uma representa as bruxas boas e outras às más ou bem se pode deduzir que uma é a tragédia e a outra a morte. Os Ejo têm muitas interpretações quanto a Iyami refere-se, pois uma pode ser a vida e a outra a morte.

Iyami agrupa baixo seus mandatos e sociedades secretas, todo o relacionado com as Maltrate (bruxas), as quais têm poder de se converter em pássaros e os quais sempre são aves de mau agüero (más de notícias). Estes pássaros o mesmo podem fazer aparecimento em horas do dia ou da noite, se aparecem em horas do dia bem podemos afirmar que não existe o antídoto para salvar à pessoa da morte. Os horários mas críticos para trabalhar com ela são sempre as doze da noite e as doze do dia. São em dois horas, onde os bons bruxos fazem seus mañas, pois é quando para valer as funções espirituais e energéticas estão em plenitude com todo o relacionado com a brujería.

(É aqui onde nasce o critério que o filho de Chango sempre escolhe estas horas para fazer uma boa brujería.)

Ela tem estreitas relações com Orichas como são Eshu Elegbara, Chango, Nana Buruku, Azowano, Ozain, Ochosi, Ochun e Yemaya e Ochosi e a Iku. Onde mas se lhe rende culto é na cidade de Kettu Nigéria e ali quase sempre os ceremoniales tem que ver com fertilización do ventre das mulheres (ter filhos), pois bem é sabido que ela onde mas energias nos proporciona é no ombligo ou ventre, pois segundo muitos de seus seguidores proclamam que ela é a que nos dá as grandes energias em nosso ombligo e daí flui ao resto do corpo do humano.

Ninguém pode romper seus feitiços, este considerado como uma marca fatal da qual nunca se poderão livrar.

Iyami Oshoronga fala diretamente nos Olodus Okana Meji, Iroso Meji, Obbara Meji, Ofun Meji, Ejila Chebbora Meji, Marunlá Meji, Meridiloggún Meji, Osá Meji e Opirá, e estende-se sua relação com Jewá e Olokum.

A única forma que seus feitiços se rompem ou se voltam vulneráveis desde um inimigo, é a recebendo e conhecendo bem seus mistérios. Quando se molesta com alguém sua fúria é interminável e capaz de durar toda uma vida. Trabalha muito de perto com Yemayá as quais às vezes se confundem uma com a outra, o que é outro tratado. Uma das razões a groso modo, é porque a Orisha Yemayá, é a que instala o culto de Gelede. Associação de bruxas, Iyamio.

É ela, a Orisha e energia que nos protege e nos dá a potestade a nós, o poder exercer os cultos da brujería, desde que um a tenha recebida.

Para ter este direito, tem-se que receber.

Também, à mesma vez, é ela a que nos protege de que o bruxo que nos façam, nunca chegue até nós. Isto é, se não a tens te vejo mau.

Também fala nos Odun Okana-Obara, Obara-Ofun, Okana-Odi, e muitos outro mas.

Em muitos de seu canto (Okiri) e rezos utiliza-se muito a palavra sangue, e também se lhe cantam as diferentes partes do corpo interno do animal que se lhe oferece, bem como das pessoas. Nomeia-se-lhe o coração, hígado, vesícula, riñones, pulmões, vejiga, cérebro, intestino pequeno o maior, para que não os confunda com os nossos e nos devore por dentro, como tentou fazer com Changó. Quando se lhe dá Chiva, as ubres da chiva se lhe cozinham com muita manteca de corojo e cebolla morada, e depois às doze da noite se lhe levam ao médio do monte em uma jícara grande. Isto tem seu tratado.

Canta-se-lhe o sangue porque, é ela a que dá a grande energia que é o sangue. É de soma importância cantar todas estas partes do corpo do animal para que ela não se faça a surda e nos cuide essas partes do corpo de nós os humanos.

Os Animais que preferencialmente come Iyamí Oshoronga, são a chiva com ubres grande, porco macho, coelho, ayakuá, kuekueye hembra, akuaro e owiwí e Addiyé dundun. Claro que dantes da invocar a ela, se invoca a Eshu Elegbara e depois a Chango. Pois as três forças juntas são invencibles e necessárias para que esta Deidad se manifeste. Costuma-se dar comida de akukó a Elegbara e a Changó, dantes de dar comida de Itá a Ela.


Rezo a Iyamio Oshoronga.
Muyugba Iyami, Moyugba Enyin,
Iyami Oshoronga,
Otono eixo enun,
Moyugba enyin, Iyami Oshoronga,
Otonon eixo enun, Otonon tookon maltrate edo,
Eixo ouve nem kaleo,
Yiye yiye, yeye koko,
Eixo ouve nem kaleo,
Ou yiye, yiye, Yeye koko.


”Senhora e mãe nossa, energia vital, cuida de nosso corpo interior e protege todo aqueles que seja maleficio dirigido a nosso ser, protege e ampara nossa vida”.








Emblemas ou ferramentas de Iyami e como e quem a tem que receber.


Os emblemas ou ferramentas desta Orisha-bruxa, segundo velhas Iyalochas filha de Oduduwa no central San Roque, são de prata ou plateadas, e a razão é que ela leva algumas de suas ferramentas de prata por que ela mesma foi no passado Yembo em sua parte escura, já que a parte positiva de Yembo é Yemayá em seus inícios. Claro que isto tem sua lógica pois, bem sabemos que no Olodu Okana Meji, é onde nasce a metamorfosis de Oduduwa a Yembo e de Yembo a Yemayá.

Anteriormente, expõe-se que a esta Divinidad lha confundia muito com Yemayá, pois o Odun Obara-Irosun (6-4), é o Odun onde nascem e se formaram todas as sociedades, ordenes religiosas e o Oddun de todos os segredos, nos diz:

“Diz que foi por Yembo (Yemaya em uma etapa ou faceta mas humana e mas próxima ao os homens), a que com seu nascimento se conhecem os segredos e do ocultismo na terra.

Também é neste mesmo Odun onde nasce ou se conhecem e se rendem os cultos na terra por primeira vês. Sendo isto falado e verificado por este Odun, então a lógica nos indica que foi Yemaya a emprendedora do se conhece na Nigéria como a sociedade de Guede (sociedades de bruxas).

Este Odun Diz: Para qualquer pessoa que auto proclame sábio, rei, ou máximo sacerdote desta filosofia, tem primeiro que passar e receber por todos os ritos, ceremoniales de recibimiento destes Orishas ou de um Orisha. Isto é, que não se pode um mesmo reclamar ou fabricar algo que não se tem.


Iyami Oshoronga. Ferramentas:

1 Tinaja de varro a qual deve de ter a boca larga. Esta tinaja deve de ser pintada em alvo, vermelho e negro, tem sua forma de ser pintada, já que a tinaja é a representação do estômago de Changó. A cor negra é o símbolo de seus pássaros e de Echu e o alvo é a representação contrária à escuridão, o equilíbrio. As formas de pintá-la não é em Ozun, senão em linhas verticais. 9 linhas totais 3 da cada cor intercalados e um em ozun no fundo.

1 Echu formado em um caracol, o qual tem que estar preparado dantes de começar com o ceremonial do lavatorio ou nascimento dela. Este Echu vive dentro dela igualmente.

Um tarro de carnero (Agutan) ou de boi o qual vai carregado e depois forrados com contas de cor branco vermelho e negro, também vive dentro dela, representa o Pacto de Changó com ela.

Uma pedra de Arrecife a qual tem que ser redonda e pulida como se fosse uma pelota de jogar. Representa à trascendencia de Eggún Orisha desta Deidad.

1 Otá chinesa pelona grande negra ou 9 medianitas.

Duas mãos de caracoles de (16) caracoles a cada um. Uma se cose e a outra vai solta.

Um cetro( fabricado com um pau de Ceiba ou Cana brava ), o qual tem que ser do tamanho da pessoa que o recebe e se forra com contas negras, vermelhas e brancas. Actua como Ozun da pessoa. Isto está em deshuso, já que é sozinho para aqueles que estão no Culto se Iyami Oshoronga.

6 Eyo Serpentes de prata, um esqueleto de prata (como o que leva Oduduwa), um pauye de prata (igual ao que leva Obatala), uma careta de bronze ou cobre, duas setas de Ochosi de prata ou ferro, uma média lua de prata (da qual têm que sair 6 estrelas), Leva uma escoba de palmiche (escobillón da palma real), esta se lhe forra o cabo com contas brancas, vermelhas e negras).
Leva um Osain o qual se pode confeccionar à hora da receber ou depois com o tempo se faz. Prepara-se a base de pássaros de todo tipo.

tudo isto vive dentro de uma canasta de mimbre, já que ela vive no ar e esta canasta sempre tem deste traspassado pelo ar. Ademais seria ideal que vivesse pendurada do teto em um pátio.

Quem têm-na que receber, todos aqueles que tenham em Elewua ou seu anjo guardião Okana Meji, Obara Meji, Obara-Ofun, Eyila Meji. Se é-se filho de Chango podem-na receber ainda que não tenham estes Odun, também o mesmo se se é filho de Elegbara.

Pelo oddun de Osá Meji, ela fala, mas não baixa à terra, É em Okana Meji quando baixa à terra escondida na barriga de Changó, quando esta baixa a Ilé Aiyé. Osá Meji só foi quem representou a esta Deidad na terra, já que nenhum Oddun quis ser o representante de sua maldade, só Osá Meji através do pacto que fez, foi que se responsabilizou de sua presença na Terra.

É com ela com a que para valer se fazem os maleficios e feitiços dos corações. Sendo ela a deidad que viveu e governa o corpo interno do homem (órgãos principais), ela conhece o coração do ser humano melhor que ninguém. Quando se quer conquistar a um homem/mulher por parte de uma mulher/homem se utiliza o coração de seu animal Addó, o osaddié, e com isto é que se prepara o feitiço. Ou bem segú ela determine e o animal que escolha.

Também é obrigação e beneficioso, quando se fazem grandes ceremoniales de santo (qualquer santo), sacar as ubres de uma das chivas e se lhe cozinham com muita manteca de corojo e cebolla morada e depois se lhe põem acima dela por umas horas e quando dêem as 12 da noite se lhe manda ao monte em uma jícara. Também lho põe no meio da jícara, uma pluma de Loro africano. Isto se faz para cumplimentar com ela e obter seus benefícios.


Particularidades de Iyami Oshoronga:

1º. Iyami Oshoronga tem-se que lavar a cada três meses.

Para lavá-la prepara-se o seguinte: misturar média garrafa de vinho tinto com seis yemas de ovo de gallina (diluidos-batidos no vinho). Agregar-lhe manteca de corojo, e lavá-la bem com esta mistura sem a secar.

Depois, untarla (pedra, ferramentas e todo) com corojo e azeite de almendras.

No dia que se lava, se lhe põem seis velas vermelhas durante todo o dia.

2º. A Iyami Oshoronga põem-se-lhe todo tipo de adimuses, mas a diferença de outros Orichas, a ela se lhe põem às doze da noite, e se pede para a destruição da gente a quem se lhe faz o adimú. Ou bem às 12 do dia para opolopo irei.

Quando se lhe põem adimuses, estes sempre se põem em cima de uma das assinaturas de rigor ( não é obrigatório ) pertencentes a ela, e se lhe prendem itaná pupuá mefa ou mesan ao rededor de seu segredo.













Ajitena 1ª de Iyamio Oshoronga.

Para pôr adimuses e fazer pós e feitiços (sempre que vá fazer-se um pó, deve fazer-se em cima desta ajitena pintada em uma tabela de cedro e seis vai-as ao rededor).
























Ajitena 2ª de Iyami Oshoronga.

(para pô-la sempre a viver em cima desta ajitena pintada em cedro com tiza ou cascarilla).

























Ajitena 3ª de Iyami Oshoronga.

Só se utiliza para fazer feitiços” se pinta e em um paño negro com tiza